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Mais de cem investigadores criminais da Judiciária desfilam em Lisboa em protesto
Na quinta-feira, os investigadores criminais da PJ iniciam uma jornada de luta, por tempo indeterminado, com vista a denunciar problemas relacionados com o regulamento de piquete de prevenção, o estatuto remuneratório, o regulamento de mérito, etc
Mais de cem investigadores criminais da Policiária Judiciária (PJ)
desfilaram hoje, entre a sede desta polícia e o Ministério das Finanças,
em Lisboa, para entregar um documento relacionado com a greve marcada
para quinta-feira.
Segundo o presidente da Associação Sindical dos
Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC/PJ), Carlos Garcia, a
deslocação ao Ministério das Finanças, para a entrega do documento,
representa um ato simbólico, numa altura em que os cortes orçamentais e
os obstáculos colocados pelo Ministério das Finanças estão a conduzir à
degradação das condições de trabalho na PJ.
Na quinta-feira, os
investigadores criminais da PJ iniciam uma jornada de luta, por tempo
indeterminado, com vista a denunciar problemas relacionados com o
regulamento de piquete de prevenção, o estatuto remuneratório, o
regulamento de mérito, o regime de aposentação e disponibilidade e o
regime de exclusividade, entre outros.
Os investigadores, que
estiveram inicialmente concentrados diante da sede da PJ, na Rua Gomes
Freire, pretendem ainda denunciar "a prestação frequente de trabalho
fora do horário normal, bem como quando escalados em unidades de
prevenção sem que aufiram a adequada remuneração por esse trabalho
extraordinário".
A falta de legislação sobre a prestação de
trabalho suplementar e a ausência de um mecanismo de autorização mais
expedito que viabilize o pagamento do trabalho extraordinário são outros
aspetos que constam do caderno reivindicativo destes funcionários da
PJ.
A ASFIC/PJ diz ainda constatar "com indignação" uma redução
orçamental da PJ para 2014 nas rubricas de bens e serviços em cerca de
50 por cento, observando que tais cortes, sem paralelo no Ministério da
Justiça, "vão paralisar a PJ".
São estas e outras preocupações de
uma luta que consideram "justa", e que o Governo "teima em não
resolver", que levam a associação sindical a afirmar que "os limites
foram já ultrapassados".
A greve é aos piquetes de prevenção, que funcionam depois do horário normal de trabalho.
* Reduzir os orçamentos das polícias, qualquer que seja a corporação, é estender a passadeira vermelha ao crime organizado, ou é isso que se quer?
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