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Rede de centros que substituem 'Novas Oportunidades' ainda sem data para abrir
A
Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP) já
concluiu a avaliação técnica e pedagógica das candidaturas para acolher
os centros substitutos dos Novas Oportunidades, que deveriam ter
entrado em funcionamento no início do ano letivo.
A informação
consta de uma nota publicada hoje na página oficial na Internet da ANQEP
e que explica que estão a ser enviadas notificações às entidades que se
candidataram a acolher um Centro a Qualificação e o Ensino Profissional
(CQEP) indicando “a pontuação obtida, em resultado da análise
realizada”.
“Conforme o regulamento do Aviso de abertura de
candidaturas, as entidades que se candidataram dispõem agora de um
período de 10 dias úteis para se pronunciarem, em sede de audiência
prévia, sendo a proposta final de constituição da rede de CQEP
posteriormente apresentada, na sequência da aprovação do relatório
final”, refere ainda a nota da ANQEP.
O período de candidaturas
decorreu entre 28 de junho e 19 de julho e o Ministério da Educação e
Ciência (MEC) tinha indicado o início do ano letivo como data provável
de abertura da rede de 120 CQEP que quer implementar no país, o que não
se verificou.
Hoje, em comunicado, a Associação Nacional de
Profissionais de Educação e Formação de Adultos (ANPEFA), alertou para a
falta de alternativas para os adultos que procurem neste momento
aumentar a sua escolaridade ou qualificação profissional.
A
associação considera que os planos de formação disponíveis no Instituto
do Emprego e Formação Profissional (IEFP) “são insuficientes”,
criticando ainda o MEC por não ter autorizado a abertura de novos cursos
de Educação e Formação de Adultos (EFA).
“Sendo esta uma das
ofertas mais completa, quer no âmbito curricular, quer no âmbito
profissional e existindo número de candidatos suficientes para abrir os
cursos, custa a perceber esta “racionalização de custos” e a consequente
exclusão de um número indeterminado de pessoas motivadas para a
aprendizagem”, defendeu a ANPEFA.
A associação que representa
formadores de adultos alerta ainda que a rede de 120 CQEP se vai revelar
insuficiente para as necessidades de formação e defendeu a necessidade
de contratação dos formadores que trabalhavam nos Centros Novas
Oportunidades (CNO), por serem esses os “recursos especializados para
desenvolver atribuições e responsabilidades inscritas nas funções dos
Técnicos de Orientação, Reconhecimento e Validação”, que vão trabalhar
nos novos CQEP.
“É importante que as entidades que venham a ter um
CQEP, tenham a possibilidade de abrir concurso à contratação pública
destes mesmos técnicos”, reiterou a ANPEFA, que sublinhou que estes
recursos não existem nas escolas ou no IEFP - onde se prevê que possam
funcionar os novos centros - e que o modelo de financiamento da rede de
CQEP privilegia a utilização de recursos próprios.
A ANPEFA
denunciou ainda o atraso no pagamento dos subsídios de férias devidos
aos técnicos dos centros despedidos este ano, no âmbito do encerramento
dos centros.
A Lusa questionou o MEC, entre outros aspetos, quanto
à denúncia do atraso nos pagamentos aos formadores dos CNO e a data
expectável para que os CQEP estejam em funcionamento, mas não obteve uma
resposta em tempo útil.
*
RAZÃO PRIMEIRA - O Estado é caloteiro, anda a ingrominar os candidados e ver se lhes saca dinheiro com os processos de candidatura.
RAZÃO SEGUNDA - O ministério não tem projecto, não tem articulação estratégica porque é um cabanão cheio de senhores feudais em que o suserano é um fraco.
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