HOJE NO
" JORNAL DE NEGÓCIOS"
Banco brasileiro do desenvolvimento
diz que fusão entre a PT e a Oi é positiva
"A iniciativa consolida a
internacionalização da Oi", informou, em nota à comunicação social, o
banco, que possui 1,46% do capital social directo da Oi e 13% da Telemar
Participações, que controla 19% do capital da empresa brasileira. Na
mesma nota, o banco afirma que irá analisar "as implicações da
transacção proposta, com vista ao seu posicionamento na nova estrutura
societária da companhia".
UM MAU NEGÓCIO |
Segundo o BNDES, a capitalização proposta pelas empresas tornará mais
forte a sua "capacidade financeira e de investimento", o que deve
"resultar na elevação da qualidade dos serviços" prestados aos clientes.
A instituição considera também que uma escala global de actuação e um
melhor padrão de governança devem fortalecer a empresa para enfrentar os
desafios do sector.
O BNDES, vinculado ao Governo brasileiro, é uma empresa pública
federal que se apresenta como o principal instrumento de financiamento
de longo prazo para a realização de investimentos em todos os segmentos
da economia do país.
O ministro brasileiro das Telecomunicações, Paulo Bernardo, já tinha
afirmado que o banco recusou aumentar a sua participação na companhia,
após uma audiência no Senado do país.
A Portugal Telecom anunciou hoje, em comunicado divulgado na Comissão
do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), uma proposta de fusão com a
operadora brasileira de telecomunicações Oi - da qual a PT é a maior
accionista - para criar uma nova entidade.
A fusão das operadoras de telecomunicações vai resultar numa das
maiores empresas do mundo e visa criar uma referência tecnológica e de
valor accionista, segundo Zeinal Bava, actual presidente executivo da
Oi.
Numa nota enviada à Lusa, o futuro presidente executivo da empresa
que resultar da fusão da PT com a Oi sublinha que "hoje nasce uma
empresa com raiz nos países de língua portuguesa e um mercado de 260
milhões de pessoas. Uma empresa que está entre as maiores do mundo com
mais de 100 milhões de clientes, 30 mil colaboradores e presente em
quatro continentes".
Em declarações feitas a partir de Londres, onde está a apresentar a
nova entidade aos mercados, Zeinal Bava explicou que "a ambição [para a
nova empresa] é estar entre os maiores 'players' globais, assumindo uma
vocação multinacional" e "afirmando-se como uma referência em termos de
inovação tecnológica, excelência operacional e criação de valor
accionista".
* PT trocou 100% de 10 por 10% de 100
A Oi vai engolir a PT, que vai mandar na Oi. Portugal perde o controlo
da sua Telecom, que ganha escala atlântica. E tudo acontece como Zeinal e
o BES quiseram. Mas esta fusão só correrá bem se nenhuma das partes
quiser enganar a outra. Nesta Oi, os brasileiros são o maiúsculo e gordo
O e os portugueses o minúsculo e ágil i.
NR: Estes são o título e "lido" de um artigo de opinião de PEDRO SANTOS GUERREIRO, director do JORNAL DE NEGÓCIOS.
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