HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Ministro da Saúde garante
Mais profissionais para o Algarve
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, admitiu hoje que o país está em situação de emergência, mas garantiu que vai haver mais médicos para o Algarve e mais prestação de cuidados na região.
“Os médicos têm de ser colocados onde são necessários. E, portanto, nós temos de perceber porque é que os médicos não vêm [para os locais], uma vez que os concursos existem, e temos de corrigir de maneira a que tenhamos mais médicos”, disse o ministro Paulo Macedo, à margem da vista ao Hospital Central do Algarve (CHA).
O ministro recordou que o número de vagas que abriram para o Algarve “foi muito significativo”, porque se recorreu à abertura de um número menor de vagas para os hospitais centrais de Lisboa, Porto e Coimbra.
Paulo Macedo garantiu que vai “acompanhar, com muito cuidado, estes concursos, para ter a certeza de que os médicos são colocados” na região algarvia.
A criação do centro Hospitalar do Algarve (CHA), juntando as valências hospitalares de Faro, Portimão e Lagos, é, na opinião do ministro da Saúde, uma forma de apostar num reforço dos cuidados médicos na região e uma “melhoria na qualidade de prestação de cuidados”.
O CHA veio permitir que haja “bastantes menos médicos contratados por prestação de serviço” e “tivemos as urgências, este ano, a serem feitas por médicos do próprio hospital”, explicou Paulo Macedo, reconhecendo que é uma “grande diferença em termos de reorganização” e uma “grande diferença em termos de aposta e investimento no Algarve”.
SINDICATO RECLAMA 300 A 400 ENFERMEIROS
Entretanto, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) do Algarve interpelou hoje o ministro da Saúde, que se preparava para fazer uma visita ao Hospital Central do Algarve, para lhe comunicar que faltam 300 a 400 enfermeiros na região. “Fazem falta cerca de 300, 400 enfermeiros no Algarve”, declarou Nuno Manjua, representante do SEP no Algarve, que entregou a Paulo Macedo um documento que retrata a carência de enfermeiros no Algarve nos cuidados paliativos, nos cuidados hospitalares e nos cuidados de saúde primários.
O enfermeiro Nuno Manjua adiantou aos jornalistas que o SEP do Algarve realizou um levantamento de acordo com estudos que estão feitos, e que se chegou à conclusão que faltam entre “300 a 400 enfermeiros só no Algarve” em todas as valências públicas.
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, recebeu o documento do SEP do Algarve e disse ao representante sindicalista que ia estudar a forma de efetivar enfermeiros, mostrando-se disponível para falar com aquele enfermeiro depois da visita ao Hospital Central do Algarve.
“Temos olhado com bastante atenção. Aliás vamos abrir novas unidades de cuidados continuados, fazendo um esforço nos concursos médicos, e estava-me o senhor presidente do Conselho de Administração precisamente a dizer que os enfermeiros são necessários, os que estão a prazo, e vamos ver como os vamos efetivar”, declarou Paulo Macedo.
O sindicalista adiantou que existem atualmente entre 1.500 a 1.700 enfermeiros no Algarve no serviço público.
O SEP considerou ainda que a criação do Centro Hospitalar do Algarve (CHA) está a prejudicar os enfermeiros no sentido de haver destes profissionais com contrato individual de trabalho em Faro a fazer 35 horas semanais e outros enfermeiros de Portimão e Lagos a trabalhar 40 horas semanais.
"As cargas horárias semanais são diferentes, mas também a remuneração é diferente", disse Nuno Manjua, acrescentando que em ambas as situações os enfermeiros estão a ganhar "abaixo da tabela salarial dos enfermeiros da função pública".
O ministro da Saúde visitou hoje várias unidades no Hospital Central do Algarve em Faro e também o heliporto daquela instituição hospitalar.
* É um ministro credível, tem o benefício da dúvida.
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