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Crédito malparado volta a subir em julho
O crédito malparado voltou a subir em julho, correspondendo já a 7,3% do
crédito total concedido pela banca a empresas e particulares, o
equivalente a mais de 17 mil milhões de euros.
De acordo com os números ainda provisórios, divulgados
pelo Banco de Portugal esta terça-feira e relativos a julho, dos 233884
milhões de euros em empréstimos concedidos tanto a famílias como a
empresas, 17018 milhões eram considerados como crédito malparado, ou
seja 7,27% do total.
Em junho, 7,17% do crédito concedido era de cobrança duvidosa: os bancos
tinham emprestado 234710 milhões de euros e eram considerados
incobráveis 16834 milhões de euros.
Considerando apenas as empresas, estavam em cobrança
duvidosa 11,4% do total dos créditos concedidos: dos 103530 milhões de
euros que a banca emprestou às empresas, 11813 milhões eram incobráveis.
Numa distinção por setor, as empresas de construção estavam com
dificuldade em pagar mais de 4200 milhões dos 18729 milhões de euros que
a banca lhes emprestou em julho e as empresas ligadas às atividades
imobiliárias deviam no total 14022 milhões, dos quais 2251 milhões eram
considerados como crédito de cobrança duvidosa.
Já no caso das famílias, 3,9% do total do crédito
concedido (130.354 milhões de euros), cerca de 5200 milhões eram
considerados incobráveis, sendo o segmento do consumo o mais
significativo.
Dos 12417 milhões de euros concedidos pela banca às famílias para
efeitos de consumo, mais de 12% estavam em atraso, num total de 1513
milhões.
No caso da habitação, que constitui a maior fatia do total dos
empréstimos às famílias (107370 milhões de euros), estavam em
incumprimento 2,7%, ou seja, 2342 milhões de euros.
* Mesmo aquela "extraordinária" subida do PIB de sexta-feira não impediu que o crédito mal parado reduzisse.
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