HOJE NO
" CORREIO DA MANHÃ"
Dinheiro ajudava na fuga de padre
Juiz aplicou prisão domiciliária ao
vice-reitor do Seminário Menor do Fundão, pois acreditava que este teria
poupança suficiente para escapar do País.
O padre Luís Miguel Mendes – que começa a ser julgado no dia 19 por
abusos a seis menores – arrecadou ao longo do tempo uma poupança
considerável. Por mês ganhava pelo menos 1200 euros e a maior parte das
despesas eram pagas pela igreja. O juiz de instrução decidiu aplicar a
prisão domiciliária ao vice-reitor do Seminário Menor do Fundão por
acreditar que o dinheiro que possuía iria facilitar muito uma possível
fuga. O padre está detido desde 8 de dezembro do ano passado. Luís
Miguel Mendes, de 37 anos, tem ainda uma irmã a viver na Suíça. O
magistrado acreditava que com a ajuda da família e com o dinheiro que já
tinha em sua posse, isso lhe iria permitir levar uma vida sem
preocupações durante algum tempo e que o vice-reitor podia escapar à
justiça.
Além do perigo de fuga, o magistrado não teve dúvidas
de que o padre Luís Miguel Mendes iria, em liberdade, continuar a abusar
de crianças. O relatório psiquiátrico feito ao arguido confirma tal
facto. O perito que avaliou o vice-reitor do Seminário Menor do Fundão
disse mesmo que Luís Mendes não pode estar em contacto com jovens.
O
juiz acreditava que este poderia vir a destruir provas fundamentais
para a investigação. Dias antes de ser preso, o padre chegou a tentar
silenciar testemunhas.
Atualmente o sacerdote está na Casa de
Ação Católica, que pertence à Diocese da Guarda. O vice-reitor do
Seminário Menor tem tido, desde o primeiro momento, o apoio dos pais e
dos amigos, que o continuam a visitar com bastante frequência.
Cinco
das vítimas têm entre 13 e 15 anos e foram abusadas durante o ano
passado no Seminário. Um sexto jovem tem atualmente 20 anos e foi
abusado em 2007. Tinha 15 anos.
* Um pedófilo abrigado na Casa de Acção Católica não é um paradoxo sr. Bispo???
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