HOJE NO
" JORNAL DE NEGÓCIOS"
Salário dos funcionários públicos
pode sofrer corte de 60% após
12 meses em requalificação
O Governo aprovou alterações ao diploma de
requalificação da Função Pública, depois do chumbo do Tribunal
Constitucional. O novo diploma determina que os funcionários públicos
que sejam colocados neste regime fiquem, numa primeira fase, com um
máximo de 60% da sua remuneração e, numa segunda fase com 40%. Podem
acumular esta remuneração com um salário no privado.
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O Governo aprovou esta quinta-feira as
alterações ao diploma de requalificação da Função Pública. O secretário
de Estado Hélder Rosalino explicou a proposta que foi elaborada depois
do Tribunal Constitucional ter chumbado a anterior proposta.
O Governo dividiu o processo em duas fases. A primeira, decorre
durante 12 meses (que podem ser seguidos ou interpolados) e determina
uma remuneração de 60% do seu salário. O valor mínimo será o do salário
mínimo nacional e o tecto máximo neste caso será de três indexantes de
Apoio Social (IAS). Ou seja, entre 485 euros e 1.250 euros.
“O trabalhador pode ser integrado a qualquer momento”, salientou o
secretário de Estado durante a conferência de imprensa que se seguiu à
reunião do Conselho de Ministros.
Na segunda fase, passando os 12 meses, que não tem um “termo
pré-definido”, a remuneração corresponderá a 40% da remuneração base,
com o valor mínimo equivalente ao salário mínimo nacional e um tecto
máximo de dois IAS. Ou seja, entre cerca de 485 euros e 840 euros.
Desta forma, na segunda fase do programa de requalificação, os funcionários públicos sofrem um corte máximo de 60%.
Acumulação de salários com o privado
Os funcionários públicos que estejam na mobilidade especial (requalificação) poderão acumular a compensação que é paga pelo Estado e uma remuneração no sector privado, explicou Hélder Rosalino.
Contudo, há limites. “Não haverá um período temporal” máximo em que
estes dois rendimentos podem ser acumulados, afirmou o responsável, mas
haverá “mecanismos de comunicabilidade”. Assim, fica determinado que “a
remuneração que for auferida no sector privado que exceda” o valor do
salário mínimo nacional “abaterá à compensação que o Estado paga a esse
trabalhador.
“Quanto maior for a remuneração menor a compensação do Estado”, acrescentou.
* Não vai, racha!
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