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HOJE NO
"PÚBLICO"
Ministério Público investiga juiz que usou facturas falsas para receber subsídio
O Conselho Superior de Magistratura (CSM) decidiu remeter para o
Ministério Público os elementos de que dispunha sobre a alegada
utilização de facturas falsas por parte de um juiz do Tribunal da
Relação do Porto, Raul Esteves, na obtenção de um subsídio atribuído
pela Câmara de Cascais à Associação Portuguesa de Coleccionadores de
Armas (APCA), presidida pelo magistrado. Ao mesmo tempo, o CSM decidiu
transformar o inquérito aberto a este caso em processo disciplinar.
A informação consta da acta
da reunião do CSM de 7 de Maio, divulgada recentemente no site daquele
organismo. Várias referências permitem identificar o caso, apesar de o
documento omitir o nome do magistrado. Contactado pelo PÚBLICO, por
intermédio de um colega, Raul Esteves, que dirige também a Aldeias de
Crianças SOS Portugal, informou que não pretende fazer declarações nesta
fase.
Este caso foi denunciado pelo PÚBLICO em Setembro do ano
passado, tendo então o juiz confirmado que apresentara à Câmara de
Cascais facturas no valor de 145 mil euros para justificar o subsídio,
quando a despesa feita foi de apenas 115 mil euros.
O apoio destinava-se
à criação de um núcleo provisório do Museu Português da Arma, no centro
daquela vila, que abriu em 2009 e fechou em Junho do ano passado.
O magistrado garantiu então que tudo tinha sido feito com o conhecimento da autarquia, o que esta desmentiu.
* Um ano depois...!
Um automobilista com excesso de velocidade pode ser inibido de conduzir ou até detido, um juíz conselheiro passa facturas falsas ainda exerce o cargo na Relação e dirige uma instituição de apoio a crianças desprotegidas, justiça portuguesa!
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