HOJE NO
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Empreendedores recebem apoio
para lançar negócios sociais
Santa Casa da Misericórdia quer funcionar como "uma garantia" junto da banca para projectos na área social
Trinta
empreendedores de negócios sociais vão receber o apoio do Banco de
Inovação Social, com um fundo de 350 mil euros, no lançamento dos seus
projetos, uma iniciativa a que hoje se juntou a Santa Casa da
Misericórdia do Porto.
Apoio a famílias em rutura, combate ao
abandono escolar através da música, oferta de serviços específicos a
empresas, promoção da saúde dos idosos são exemplos de alguns dos 30
negócios sociais que hoje formalizaram os contratos-programa com o Banco
de Inovação Social (BIS), plataforma de apoio à criação de negócios
sociais.
O BIS, desenvolvido pela Santa Casa da Misericórdia de
Lisboa (SCML), integra mais de 20 parceiros, entre os quais o Ministério
da Solidariedade, as câmaras de Lisboa e de Cascais, o INATEL e a
AICEP, e passa a contar a partir de hoje com a Santa Casa da
Misericórdia do Porto.
A Misericórdia do Porto também aderiu hoje
ao Fundo BIS de Investimento Social, disponibilizando 100 mil euros para
o fundo, do qual são acionistas a Santa Casa de Lisboa e o banco
Montepio.
Um total de 350 mil euros está disponível para
"facilitar o acesso" dos empreendedores ao microcrédito e "investir em
negócios sociais inovadores", segundo a SCML.
Na cerimónia de
adesão, o provedor da Santa Casa de Lisboa, Pedro Santana Lopes,
defendeu que "estes projetos de empreendedorismo e inovação social
merecem e precisam de muita reflexão e trabalho".
O provedor da
Misericórdia do Porto, António Tavares, justificou a adesão da
instituição ao projeto com "a situação que o país vive" e com "as novas
respostas que têm de ser dadas aos portugueses".
"É nas circunstâncias difíceis que é possível dar passos ousados", defendeu o responsável.
A
diretora do departamento de Empreendedorismo e Economia Social da SCML,
Maria do Carmo Marques Pinto, explicou que o objetivo do BIS é
facilitar o acesso destas empresas ao microcrédito.
A ideia não é financiar os projetos ou atribuir subsídios, mas funcionar como "uma garantia" junto da banca, referiu.
Cada
projeto tem dois tutores, "uma espécie de irmãos mais velhos" que
acompanham o desenvolvimento do plano, e os empreendedores vão receber
até 30 de novembro uma formação intensiva, concedida pelos parceiros do
BIS, para preparação do plano de negócio, nas áreas jurídica, financeira
ou de comunicação.
Ana Luísa Freitas propõe ser uma "Resolvedora
de Problemas", facultando às empresas ou particulares serviços pontuais a
preços "muito baixos".
"É a tal que todos queremos contratar",
gracejou Pedro Santana Lopes, admitindo, em tom de brincadeira, propor
"uma avença" desta empresa junto da Misericórdia de Lisboa.
Prevenir
o divórcio de casais em situação de rutura, através de terapia de casal
ou mediação familiar, ou prestar apoio psicológico ou jurídico a
pessoas divorciadas é o objetivo do "SOS Divórcio", um projeto de Ana
Leandro, que resultou da constatação de "uma série de necessidades"
entre os cerca de 4.000 utilizadores de um fórum na internet sobre
separações.
Com a iniciativa "No Ritmo da Escola", Hélder
Costley-White e Steve Bird querem combater o abandono escolar, levando a
música a adolescentes em risco.
"A ideia é instalarmos uma escola
de DJ e produção musical num bairro histórico da Lisboa e trabalharmos
com as escolas para identificar os casos", disse à Lusa Hélder
Costley-White.
* EXCELENTE!
.
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