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Crise acentuou inovação das micro e pequenas empresas rurais
O projeto pretende conhecer e divulgar as inovações que são desenvolvidas e implementadas por diferentes tipos de organizações nas áreas rurais portuguesas, correspondentes a territórios de baixa densidade
A
crise acentuou a dinâmica de inovação e de internacionalização das
micro e pequenas empresas das áreas rurais, afirmou hoje a coordenadora
do projeto Rur@l Inov, que está a ser desenvolvido pela Universidade de
Vila Real.
Lívia Madureira, que falava à margem de um workshop de
divulgação do projeto, referiu que o estudo desenvolvido permite
concluir que há cada vez mais inovação nestes meios rurais e que, muitas
vezes, essa inovação passa também despercebida.
“A crise acentuou
muito esta dinâmica de inovação e de internacionalização. As pessoas
têm que sobreviver e é mais difícil de facto criar novos negócios que
sejam sustentáveis”, salientou.
Neste workshop, que decorreu em Vila Real, foram também revelados alguns exemplos de empresas.
O
responsável pela empresa Aromáticas Vivas, Alexis Simões, referiu que a
“inovação vem da necessidade de ser melhor do que a concorrência”.
Neste
sentido, a empresa, localizada em Viana do Castelo, implementou
iluminação led que já permitiu reduzir, em dois anos, 20% do custo de
eletricidade, bem como estufas em vidro, que permitiram também aumentar a
eficiência energética.
Também em destaque neste encontro esteve o
empreendimento turístico “Moinhos da Tia Antoninha”, no Douro Sul, que é
completamente autónomo do ponto de vista energético, sendo a produção
assegurada por um sistema hídrico solar e hídrico.
O Rur@l Inov é
coordenado pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em
parceria com a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
(DGADR).
O projeto pretende conhecer e divulgar as inovações que
são desenvolvidas e implementadas por diferentes tipos de organizações
nas áreas rurais portuguesas, correspondentes a territórios de baixa
densidade.
No âmbito deste trabalho foi efetuado um inquérito a 120 organizações de todo o país.
Lívia
Madureira referiu que estudo destaca a diversidade das micro e pequenas
empresas, em termos de dimensão, de produtos e serviços que são
oferecidos, desde os hortofrutícolas, vinhos, azeites, sabonetes,
turismo ou até mesmo caracóis.
Depois também se destaca a atitude
empreendedora e a elevada qualificação dos empresários, que conseguem
“recolher, mobilizar e integrar diferentes tipos de conhecimento”.
* Depois da cavaquizofrenia promover e subsidiar o abandono da terra, temos de nos sentir orgulhosos que algumas centenas de jovens agricultores, técnicamente bem formados, procurem na terra o seu sustento e evitem que a desertificação do Portugal interior e nortenho seja cada vez maior! Devemos isto aos docentes das nossas universidades.
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