HOJE NO
" DIÁRIO ECONÓMICO"
CGTP contra reforma do IRC
Arménio Carlos considera que a reforma não responde às necessidades das pessoas.
A CGTP mostrou-se contra "a forma como esta proposta foi apresentada
porque não se pode discutir reforma do IRC sem discutir política
fiscal", e considerou que "esta reforma não responde às necessidades das
pessoas".
"O Governo está neste momento a reduzir os impostos
para as grandes empresas e simultaneamente a reduzir a despesa social do
Estado", afirmou Arménio Carlos.
Para a central sindical, esta reforma vai beneficiar sobretudo as
grandes empresas. Há "a ideia de reduzir significativamente os impostos,
levando mesmo a que nalguns casos haja isenção de impostos para um
núcleo restrito de empresa", afirmou o responsável. "Estamos a falar de
grandes empresas", precisou.
A CTGP afirmou ainda que "a redução da receita fiscal pelo não
pagamento de impostos das grandes empresas vai ser ressarcida pela via
da redução da despesa social", numa altura em que se aumentam "os
despedimentos no Estado" e se prepara "um pacote de 4,7 mil milhões de
euros com cortes significativos na saúde, Segurança Social e Educação".
* Temos a mesma opinião mas por motivos diferentes.
O líder do grupo de trabalho para a reforma do IRC, António Lobo Xavier é um homem que profissionalmente se move no topo do empresariado português, leia-se "o empresariado mais esclavagista" que há em Portugal. Era portanto um predestinado para este convite do governo, redigindo um texto que permite às maiores empresas deste país ter uma redução brutal no imposto, em detrimento do pequeno empresário que fica com poucas migalhas.
Quando uma grande empresa noticiar que está a fazer um grande investimento no país é mentira, está em grande escala a aplicar dinheiro que o fisco já não cobra, mas que vai buscar ao nosso IRS, ao IVA, às portagens, etc. Somos nós que estamos a investir por essa empresa. Gente séria.
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