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Deco atribui críticas ao leilão a
“tentativa de desviar atenção do essencial”
A
Deco desvalorizou hoje as críticas às condições do leilão que promoveu
para o fornecimento de eletricidade a mais de milhão de consumidores,
considerando que “é uma tentativa de desviar a atenção do essencial”.
“Desde
o primeiro momento demos conta que haveria a possibilidade de haver o
pagamento de uma comissão de angariação [pelos operadores] e nenhuma das
empresas apresentou [a condição] como elemento impeditivo para não ir a
concurso”, disse à Lusa a porta-voz da Deco, Rita Rodrigues.
A
Galp anunciou hoje que “decidiu não participar” no leilão devido às
condições impostas pela associação de defesa do consumidor, criticando a
obrigação de pagar uma comissão por cada cliente contratado.
A
responsável da Deco admitiu que o pagamento de uma comissão de
angariação é “uma hipótese”, considerando que é uma condição habitual
neste tipo de negociação.
No entanto, Rita Rodrigues sublinhou que
“nenhuma das empresas apresentou esta condição como elemento impeditivo
para não ir a concurso”.
A responsável da Deco disse estranhar
que “nem todas as empresas estejam a respeitar” o pacto de
confidencialidade em relação às negociações, que elas mesmo solicitaram.
“As
condições impostas aos operadores para participarem no referido leilão,
nomeadamente o pagamento de uma comissão por cada cliente contratado,
não permitiam a elaboração de uma oferta competitiva para as famílias
Portuguesas e com racionalidade económica”, explicou a Galp Energia.
Em
fevereiro, aquando do anúncio do leilão, a DECO explicou que poderá vir
a cobrar uma comissão por cada contrato assinado junto do fornecedor
que ganhar o leilão e que será divulgado na sexta-feira.
A
associação indicou então que quer "privilegiar" os associados e só irá
reter o valor dos não associados "para cobrir os custos administrativos,
de organização, de publicidade, de gestão e o investimento em
programas".
A Galp Energia, a Gas Natural Fenosa e a Iberdrola já
disseram que não participaram no leilão. Excluídas as três empresas,
restam a EDP e a Endesa a operar no mercado livre de eletricidade. A
Lusa tentou contactá-las, mas até ao momento não foi possível apurar se
entraram no leilão.
* A DECO é a verdaeira defesa do consumidor, faça-se sócio, é um conselho.
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