Crianças sem pais
e com todo o futuro
pela frente
Viver num orfanato é uma experiência que muitos vêm como sombria. Seja
por que razão for, as crianças que vão parar aos centros de acolhimento
necessitam de todos os apoios possíveis. Não é fácil substituir o papel
da família, mas há alguns projetos que estão a ter resultados
surpreendentes.
Alguns estudos apontam que, dentro de certos
limites, é melhor para uma criança ficar junto dos pais, mesmo vivendo
um contexto difícil em casa. Mas, quando não é possível permanecer perto
da família, as novas relações de afeto e as atividades criativas
possibilitam outras dimensões.
Para ter auto-estima e confiança
no futuro, as crianças têm de receber apoio, amor e atenção, criando
bases para se tornarem adultos saudáveis. O que acontece quando os pais
não lhes podem garantir uma vida familiar? Na Rússia, concebeu-se uma
rede de famílias de acolhimento que podem proporcionar um ambiente
estável para o desenvolvimento das crianças. A comunidade terapêutica de
Kitezh é um dos exemplos. A abordagem posta em prática é muito
particular: fundiu-se o conceito de escola com o de família de
acolhimento. Os professores são os pais. A comunidade resolve os
problemas em conjunto. As crianças participam na construção das casas,
nos trabalhos de jardinagem, ajudam na quinta.
Num centro de
acolhimento na Gronelândia, o cinema, o desporto e a música integram uma
abordagem criativa para promover a afirmação de crianças sem pais. Os
tutores do centro de Uummannaq são voluntários e ensinam as raízes da
cultura inuit, incentivando à criatividade. A arte está, não só, a mudar
a vida das crianças, mas também a torná-las conhecidas no mundo
inteiro. As suas estórias inspiraram um filme chamado "Inuk", premiado
nos festivais de Savannah e Woodstock. Viagem até ao extremo norte do
planeta para assistir a mudanças de vida.
Um excelente trabalho do Euronews
.
Sem comentários:
Enviar um comentário