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Novos cortes vão polarizar ainda mais Portugal, escreve o "Financial Times"
O
"Financial Times" escreve, esta quinta-feira, que os cortes incluídos
no Documento de Estratégia Orçamental vão polarizar ainda mais Portugal,
num artigo sobre as manifestações das centrais sindicais, na
quarta-feira, em Lisboa.
UM DOS POLOS |
O jornal refere que os planeados
cortes do Governo vão polarizar ainda mais o país, numa altura em que
empresários, figuras seniores dos partidos da coligação no Governo,
partidos da oposição e centrais sindicais responsabilizam as medidas de
austeridade pelo aprofundamento da prolongada recessão e da subida do
desemprego para níveis recorde.
O "Financial Times" também
sublinha que os cortes colocam o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho,
em colisão com as centrais sindicais moderadas, cujo apoio necessita
para legislar sobre o despedimento de milhares de funcionários públicos.
O OUTRO POLO |
Segundo o jornal, a rejeição das centrais sindicais - proclamada pelo secretário-geral da UGT, Carlos Silva,
na manifestação de quarta-feira em Lisboa - de quaisquer cortes que
afetem os salários, pensões ou postos de trabalho do setor público cria
potenciais barreiras aos planos do Governo para reduzir as funções e o
tamanho do Estado.
O Documento de Estratégia Orçamental (DEO),
apresentado na terça-feira, envolve cortes de mais de 6000 milhões de
euros entre 2014 e 2017.
* "POLARIZAR" significa os ricos cada vez mais ricos e os outros cada vez mais pobres.
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