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Técnico do IEFP usa filha de 4 anos
para lesar Estado em milhões
Um técnico superior do Instituto de Emprego e Formação Profissional
de Vila Real está acusado, pelo Departamento de Investigação e Acção
Penal (DIAP) do Porto, de 52 crimes de corrupção passiva, 17 crimes de
fraude e um de associação criminosa, avança o "Jornal de Notícias".
De
acordo com o jornal, o suspeito criou uma conta em nome da filha de
quatro anos para receber o dinheiro ilícito que provinha dos seus
alegados crimes.
O técnico do IEFP deu aval a mais de
50 projectos que supostamente iriam criar empresas de vestuário,
limpeza e de outros ramos com o objectivo de gerar postos de trabalho.
No entanto, tudo isto não passava de uma farsa já que os projectos eram
falsos. Assim, desapareceram dos cofres do Estado 5,2 milhões de euros.
O
esquema baseava-se numa rede com seis angariadores de testas de ferro,
que incluía toxicodependentes e até indigentes. Os projectos fictícios
eram então aprovados por José Matos que recebia comissões entre 5 a 10%
do financiamento dado pelo Estado para apoiar novos projectos de
emprego. Estas luvas chegavam depois ao suspeito via bancária, sendo que
uma das contas em causa estava em nome da sua filha, uma menor de
quatro anos.
De acordo com a polícia judiciária, em
três das 15 contas controladas por José Matos foram depositados 650 mil
euros. Mas não é só o técnico do IEFP que está acusado. A rede criminosa
em causa inclui ainda 46 arguidos (pessoas singulares) e 21 empresas.
* Sem perdão!
.
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