HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
PGR abre inquérito a
Miguel Sousa Tavares
O comentador/escritor fez, em entrevista ao Jornal de
Negócios, uma afirmação polémica: "Nós já temos um palhaço. Chama-se
Cavaco Silva".
A Procuradoria Geral da República abriu, esta
sexta-feira, um inquérito a Miguel Sousa Tavares na sequência das
afirmações feitas em entrevista publicada hoje no Jornal de Negócios,
por serem suscetíveis de configurar um crime de ofensa à honra do
Presidente da República.
Na edição desta
sexta-feira, o Jornal de Negócios faz manchete com uma entrevista ao
escritor e comentador, sob o título "Beppe Grillo? Nós já temos um
palhaço. Chama-se Cavaco Silva" e, segundo um comunicado da PGR, "as
expressões proferidas são susceptíveis de integrar a prática do crime de
ofensa à honra do Presidente da República, previsto no artigo 328.º do
Código Penal".
"Tendo o crime natureza pública, o Ministério Público procedeu à instauração de inquérito", adianta a PGR.
No
entanto, segundo adiantou fonte de Belém, o Presidente da República já
havia solicitado, na manhã desta sexta-feira, a análise das afirmações
de Miguel Sousa Tavares.
O número um do artigo
328º do Código Penal estabelece que "quem injuriar ou difamar o
Presidente da República, ou quem constitucionalmente o substituir é
punido com pena de prisão até três anos ou com pena de multa".
Já
o número dois do mesmo artigo acrescenta que "se a injúria ou a
difamação forem feitas por meio de palavras proferidas publicamente, de
publicação de escrito ou de desenho, ou por qualquer meio técnico de
comunicação com o público, o agente é punido com pena de prisão de
seis meses a três anos ou com pena de multa não inferior a 60 dias".
MIGUEL SOUSA TAVARES ADMITE "EXCESSO"
Miguel
Sousa Tavares já reagiu a esta notícia. O comentador e escritor
considera normal que o Presidente da República tenha pedido à PGR para
abrir um inquérito às suas declarações e admitiu ter sido "excessivo"
nas palavras que proferiu.
Embora tenha
referido que o político Cavaco Silva não lhe merece qualquer respeito,
sublinhou que o mesmo não acontece em relação ao chefe de Estado.
Em declarações prestadas à agência Lusa, Miguel Sousa Tavares considerou ter-se tratado de um "deslize" pelo qual vai responder.
* Há quem pense muito pior...
.
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