Dias felizes
Sábado foi um dia feliz.
O Sporting empatou com o Futebol Clube do Porto, José Contente
apresentou a sua candidatura à Presidência da Câmara Municipal de Ponta
Delgada e, à noite, Nuno Costa Santos e Filipe Tavares estrearam no
Teatro Micaelense: “A Viagem Autonómica”.
Entre estas e outras coisas: Sábado foi um dia feliz.
A brincar, um amigo, dizia-me que não sabia se íamos sobreviver a Sábado.
Pela parte dele houve sobrevivência, embora seja sportinguista, pela
minha, chegada a segunda-feira, tudo calmo e tranquilo. Estou contente: o
Benfica está em primeiro lugar da tabela de classificação, a dois
pontos do Futebol Clube do Porto, depois de ter ganho ao Beira-Mar por
1-0.
À parte essa alegria que me deu o “meu” Benfica, gostei de ver a
apresentação de José Contente, no Sábado, numa sala cheia de gente,
vinda de todo o concelho, ilha e até continente.
Foi uma “lufada de ar fresco” ouvir as principais linhas do seu
projeto autárquico para um concelho que, por muito que se anuncie, nos
últimos “minutos”, muita obra, muito protocolo, muita atenção aos
idosos, muito saneamento básico (vão arrancar as pedras da calçada do
Campo de São Francisco?) já não me parece que se chegue a tempo…
Em política o tempo, a iniciativa e disponibilidade contam cada vez
mais do que o “flash” fotográfico, embora haja ainda, quem, entre nós,
não tenha aprendido a lição.
É por isso que penso que serão inglórios os esforços do actual
Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, pessoa por quem tenho
boa consideração, a tentar corrigir os erros da agora senhora deputada
Berta Cabral.
Gostei de ouvir o autarca anunciar que iriam procurar encontrar uma
solução que agradasse a toda a gente (restaurantes incluídos) para fazer
acontecer as “Noites de Verão” mas não deixei de pensar que durante
muito tempo (se calhar demasiado) o Campo de São Francisco foi mal
aproveitado, podendo ser outra coisa que não foi, pela inércia de todos
os que durante estes anos governaram nos Paços do concelho.
Dir-me-ão que nunca é tarde para corrigir um erro. Não é, de facto, mas em ano de eleições é, no mínimo, suspeito…
Voltando a José Contente, gostei de o ouvir falar da atenção
necessária às 24 freguesias do concelho, assim como gostei de o ouvir
anunciar um Festival de Artes e Música para Ponta Delgada, da rede de
transportes colectivos de passageiros e das ciclovias, entre outros
projectos.
Gostei (ainda) de o ouvir falar de Ponta Delgada como berço da
Autonomia, lembrando que mais do que a vulgar doutrina, a Autonomia é um
forte sentimento, entranhado em todos os açorianos…
À noite isso mesmo foi provado com a estreia de “A Viagem
Autonómica”. Uma viagem com enquadramento histórico, é certo e
confirmado, mas também com uma série de outros enquadramentos
sentimentais, de vivências, experiências e outros afectos.
Afinal nada mais, nada menos do que aquilo de que somos feitos, uns
mais novos, outros mais velhos, uns mais vivos, outros apenas a
sobreviver, mas de carne e osso. Como toda a humanidade, aliás. Iguais.
Por cá “Antes morrer livres que em paz sujeitos” é a nossa divisa. Devíamos usá-la mais vezes. Teríamos dias mais felizes.
Aposto.
IN "AÇORIANO ORIENTAL"
06/03/13
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