HOJE NO
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Num só ano o Estado já pagou mais de 300 mil euros à empresa de António Borges
Foi um caso muito falado e que levantou muitas perplexidades,
particularmente na oposição. Mais de um ano depois, o governo responde
às dúvidas do PS e divulga o contrato celebrado no dia 29 de Fevereiro
de 2012 entre a empresa estatal Parpública e o conhecido e polémico
economista António Borges, a que o i teve acesso em primeira mão.
Com um extenso programa de privatizações inscrito no Memorando de entendimento com a troika e outras da exclusiva responsabilidade da maioria PSD/CDS, como a RTP e os CTT, o executivo de Passos Coelho, um dos mais reduzidos da democracia, decidiu contratar António Borges como consultor para esta área específica. O contrato foi assinado entre a Parpública e a empresa ABDL L.da, uma sociedade por quotas entre António Mendo Castel-Branco Borges e Diogo José Fernandes Homem de Lucena, em que António Borges tem uma quota de 15 012,02 euros e Lucena uma de 4987,98 euros.
Com um extenso programa de privatizações inscrito no Memorando de entendimento com a troika e outras da exclusiva responsabilidade da maioria PSD/CDS, como a RTP e os CTT, o executivo de Passos Coelho, um dos mais reduzidos da democracia, decidiu contratar António Borges como consultor para esta área específica. O contrato foi assinado entre a Parpública e a empresa ABDL L.da, uma sociedade por quotas entre António Mendo Castel-Branco Borges e Diogo José Fernandes Homem de Lucena, em que António Borges tem uma quota de 15 012,02 euros e Lucena uma de 4987,98 euros.
De acordo com o contrato, em vigor desde o dia 1 de Fevereiro de 2012, a
Parpública paga à referida sociedade uma verba mensal de 25 mil euros
mais IVA, acrescida do reembolso de despesas “indispensáveis para a
concretização do trabalho e previamente autorizadas, designadamente no
caso de viagens ao estrangeiro, as quais deverão ser documentadas e
respeitar as normas aplicáveis ao sector público”.
300 mil mais despesas
Até
agora, sem contar com o IVA, a empresa de António Borges e Diogo Lucena
já recebeu 300 mil euros, de 1 de Fevereiro de 2012 a 1 de Fevereiro de
2013, fora o montante das despesas efectuados neste ano de contrato,
que foi entretanto renovado por mais um ano.
PPP no contrato
O
objecto do contrato é a prestação de serviços de consultoria nas áreas
do plano de privatizações, redução do impacto do sector empresarial
público sobre a banca, reestruturação do sector empresarial do Estado,
incluindo o sector financeiro, e assessoria na renegociação das
parcerias público-privadas e configuração de novos modelos de parceria.
Falhanços na TAP e na RTP
Como
o contrato foi assinado no dia 29 de Fevereiro de 2012, a empresa de
António Borges e Diogo Lucena não participou nas privatizações da EDP e
da REN, realizadas no final de 2011 e princípios de 2012,
respectivamente. Até agora só esteve presente na venda da ANA e nos
falhanços das privatizações da TAP e da RTP. Recorde-se que para esta
última António Borges chegou a apresentar publicamente vários modelos,
todos falhados, e que provocaram enorme polémica na sociedade
portuguesa.
Para este ano, o governo tem a intenção de retomar a venda da TAP e as
privatizações dos CTT, CP Carga e da empresa EGF do grupo Águas de
Portugal.
Além dos 300 mil euros pagos pelo Estado, António Borges recebeu 50 mil
euros em 2012 pelo seu cargo de administrador não executivo do grupo
Jerónimo Martins.
* MUITO AMIGALHAÇOS
.
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