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HOJE NO
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Ministro da Economia diz que o país
“não é amigo das empresas”
O ministro da Economia defendeu hoje que “o país não é amigo do
investimento nem das empresas”, e que é preciso travar uma “guerra à
burocracia” para fomentar o crescimento económico.
Sem abordar o agravamento das condições macroeconómicas hoje
previstas para Portugal pela Comissão Europeia, Álvaro Santos Pereira
discursava em S. João da Madeira como convidado da Distrital de Aveiro
do PSD, no âmbito das II Jornadas sobre Consolidação, Crescimento e
Coesão.
“O nosso país não é amigo do investimento nem amigo das empresas”,
afirmou o ministro. “Dificultamos a vida aos nossos empresários e,
quando o fazemos, obviamente não temos investimento como devíamos ter”.
Álvaro Santos Pereira quer, por isso, fazer “guerra à burocracia”,
mas admite que, entre as “dezenas de medidas” que o Governo adotou nessa
perspetiva, “essas nem sempre têm a eficácia desejada”.
O ministro propõe-se agora “rever e melhorar” esses processos,
recordando que, até à chegada do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho,
“havia uma política de irresponsabilidade que tinha que ser travada e
foi mais uma vez o PSD que teve a coragem de implementar uma série de
reformas”.
Hermínio Loureiro, que integra o Conselho Nacional do PSD e preside à
Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, reconhecera pouco antes, no
mesmo evento, a pertinência de algumas das medidas adotadas pelo
Governo, repetindo também a ideia de que “era preciso coragem para fazer
essas reformas”.
O social-democrata elogiou o trabalho de Passos Coelho ao nível das
mudanças introduzidas na legislação laboral, na lei da concorrência e na
lei do arrendamento, apoiando também a estratégia das privatizações,
que, na sua perspetiva, “não estão a ser feitas a qualquer custo”.
O autarca deixou, contudo, uma recomendação ao ministro: “O IRC tem
que baixar. É fundamental baixar a carga fiscal das pessoas e das
empresas, para a economia poder crescer.”
À chegada aos Paços da Cultura de S. João da Madeira, onde decorre a
sessão promovida pela distrital do PSD, Álvaro Santos Pereira foi
recebido às 21:35 por cerca de 30 manifestantes que à sua passagem
entoaram a canção “Grândola Vila Morena”.
Entre as frases que podiam ler-se nos cartazes do protesto,
incluía-se “Emigra tu!”, “Demite-te! Já chega de burrice!” e “Há 40 anos
que ninguém era identificado por cantar Zeca!”.
Mais tarde, em plena conferência, o ministro viria a admitir:
“Apesar de toda a contestação e de sabermos que estamos a tomar adotar
medidas impopulares, o sentido de responsabilidade que sempre
caracterizou este partido está representado nos seus governantes
atuais”.
* Quem não é amigo das empresas são os governos que temos tido, atirar as culpas para o país é culpar os cidadãos pelo assalto que o governo lhes faz.
* Quem não é amigo das empresas são os governos que temos tido, atirar as culpas para o país é culpar os cidadãos pelo assalto que o governo lhes faz.
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