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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
72% dos portugueses têm dificuldades
.em pagar as contas no final no mês
.em pagar as contas no final no mês
A grande maioria dos portugueses tem dificuldade em conseguir pagar as contas no final do mês. Portugal é dos países com maiores dificuldades, só ultrapassado pela Bulgária e pela Grécia.
Um estudo divulgado pela TNS, esta
quarta-feira, com base nos dados do Eurobarómetro para a Comissão
Europeia, conclui que 72% dos cidadãos nacionais têm dificuldades em
pagar as contas ao final do mês. O valor é superior em 31 pontos
percentuais à média europeia, que se situa nos 41%.
Com dificuldades piores que Portugal só a Grécia e a Bulgária, com
89% e 73% dos cidadãos, respectivamente, com dificuldades em pagar as
contas no final do mês. A Grécia é o país europeu onde a percentagem de
cidadãos com dificuldades no final do mês mais aumentou nos últimos três
anos, uma diferença de 26%. Em 2009, 63% dos gregos afirmava ter
dificuldades com as contas.
Dos 27 estados-membros, aqueles que pediram resgate financeiro são os
que apresentam uma percentagem maior de cidadãos com dificuldade em
pagar as despesas ao fim do mês, ou seja, Grécia, Portugal, Chipre,
Irlanda e Espanha, com 89%, 72%, 68%, 59% e 46%, respectivamente. Dos
países com mais dificuldades, mas que não pediram resgate, destacam-se a
Bulgária e a Itália.
No total, existem 11 Estados-Membros da União Europeia em que mais de
metade dos inquiridos no estudo revelam ter dificuldades em pagar as
contas ao fim do mês.
Contrariamente, a Suécia é o país onde os cidadãos têm menor
dificuldade em pagar as despesas do mês. Apenas 10% dos suecos diz ter
essa dificuldade. Seguem-se a Holanda, com 22%, a Alemanha, com 23%, o
Reino Unido, com 31% e a Áustria, com 32%. A Áustria é o país com melhor
evolução em relação a 2009, com uma descida de 12 pontos percentuais,
passando de 44% para 32%.
No entanto, a situação tem piorado em termos gerais desde 2009,
registando-se ao nível da UE um aumento de 3 pontos percentuais, de 38%
para 41%, actualmente. Foi precisamente em 2009 que estalou a crise
financeira, que deu origem a uma crise de dívida e que levou a subidas
do desemprego um pouco por toda a Europa.
* É para esta realidade que o governo olha com infiferença, o governo nada ignora antes menospreza a precaridade em que o cidadão está atolado.
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