23/01/2013

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Vieira da Silva quer Congresso 
do PS antes das autárquicas 

O ex-ministro socialista Vieira da Silva afirmou nesta quarta-feira que, face à evolução da situação política de Portugal, seria mais "vantajoso" que o próximo congresso do PS se realize antes das eleições autárquicas.

A posição de Vieira da Silva, que no último congresso se manteve equidistante entre as candidaturas à liderança de António José Seguro e de Francisco Assis, foi transmitida aos jornalistas na Assembleia da República.
"Vejo como possíveis duas situações [congresso antes ou depois das autárquicas], mas confesso que, face à evolução da situação política, seria mais vantajoso que [o congresso] acontecesse antes das eleições autárquicas, com um período suficientemente longo para que não perturbasse e o empenhamento do partido nesse ato eleitoral", declarou o deputado do PS.
Ao defender a realização do congresso antes do verão, Vieira da Silva coincidiu com opiniões manifestadas pelo líder da Federação de Aveiro do PS, Pedro Nuno Santos (considerado próximo de António Costa), e de Pedro Silva Pereira, que foi braço direito do ex-primeiro-ministro José Sócrates.
Confrontado com as declarações do ex-ministro da Presidência Pedro Silva Pereira em entrevista à Rádio Renascença - em que também defendeu a realização do congresso antes das férias do verão -, Vieira da Silva disse entendê-las no quadro de uma situação de "agravamento da situação económica e social".
"Face às dificuldades que o país tem no que respeita à legitimidade que o Governo tem para aplicar um conjunto de medidas [de reforma do Estado], seria razoável que, perante uma alteração do quadro político, o partido fizesse um momento de reflexão, até porque se está a aproximar o momento do seu congresso ordinário. Foi assim que entendi as palavras de Pedro Silva Pereira", declarou o ex-ministro dos governos de José Sócrates.
Interrogado sobre a possibilidade de haver candidaturas alternativas à da atual direção, Vieira da Silva desdramatizou, alegando que esse processo "é sempre um a iniciativa que parte de quem quer ser candidato". "Eu não sou [candidato à líder], de certeza", acrescentou.

* Os apaniguados de Socrates a tentar tirar o tapete a Seguro e a estender a passadeira a António Costa.

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