HOJE NO
"RECORD"
Abrantes Mendes:
«Vive-se em clima de pré-guerra civil»
O antigo presidente da Mesa da Assembleia-Geral (AG) do Sporting,
Abrantes Mendes, considerou esta quarta-feira que o clube deve convocar
uma reunião magna de sócios, que foi legalmente solicitada por um
requerimento entregue pelo movimento "Dar rumo ao Sporting".
"Dá-me
a impressão que este Conselho Diretivo está com medo da vontade dos
sócios. Eu, se estivesse no lugar do presidente da AG, convocaria a AG",
disse Abrantes Mendes, em declarações à agência Lusa.
O juiz
desembargador, que já foi candidato à presidência do clube, considerou
que se "vive um clima de pré-guerra civil no seio do universo leonino" e
lamentou toda a polémica em torno da convocação de uma reunião magna.
"Entendo
que esta situação é muito triste, porque, no fundo, quem está a sair
com a imagem denegrida é o Sporting por força de alguma falta de
equilíbrio e bom senso", disse.
Abrantes Mendes considerou
que o que está em causa, após a entrega do requerimento do movimento
"Dar rumo ao Sporting", é "dar ou não cumprimento a uma norma
estatutária no sentido de convocar, ou não, uma AG que foi regularmente
requerida". "Não há que ter medo dos sócios, porque é nas
assembleias-gerais que reside o poder supremo do clube, é o que os
estatutos dizem", afirmou.
Sérgio Abrantes Mendes, presidente
da mesa da AG entre 1988 e 1989 durante o mandato de Jorge Gonçalves,
considerou que se "o Conselho Diretivo entende, legitimamente, que não
têm razões para se demitir, deve então submeter-se ao sufrágio dos
sócios".
O antigo candidato à presidência do clube referiu
ainda que "não compete ao Conselho Diretivo ou ao Conselho Fiscal o
aferir da justa causa para a destituição", acrescentando: "Será a AG na
altura que vai deliberar se existe ou não justa causa para destituição".
Abrantes Mendes considerou ainda "uma falsa questão" as
recentes notícias sobre o alegado incumprimento de requisitos do
requerimento. Na terça-feira, o presidente da AG, Eduardo Barroso,
aceitou o requerimento da reunião magna, confirmando que respeitava os
requisitos exigidos, e considerou legitimo o fim da convocação pedida
pelos sócios André Patrão e Miguel Paim.
Entretanto, o
Conselho Diretivo denunciou "uma posição parcial, não isenta, na linha
de outras publicamente assumidas por membros da Mesa da
Assembleia-Geral, inquestionavelmente colados a um ex-candidato",
acrescentando que este órgão social "deve ter independência e
equidistância para com todos os sócios do Sporting Clube de Portugal".
O
Conselho Diretivo considerou ainda que, "de todos os pressupostos
exigíveis para a marcação de uma Assembleia-Geral com estas
características, não há um só que se verifique".
* Como sportinguista estou envergonhada com este folclore.
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