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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Ano agrícola
INE perspectiva aumento de 5% na produção de vinho em 2012
Sectores mais exportadores da agricultura tiveram campanhas díspares em ano de seca: vinho será de qualidade e em maior quantidade e tomate atingiu valor recorde por hectare, mas a azeitona registou quebra de 25% e a produção de pêra foi 50% menor à de 2011.
Vindimas feitas, o Instituto Nacional de Estatística e as direcções
regionais de agricultura estimam que a produção de vinho tenha atingido
em Portugal 5.692 mil hectolitros na campanha deste ano. O valor
representa um aumento de 5% face à campanha de 2011.
O INE
adianta que, “em termos qualitativos”, as “uvas recepcionadas nas
adegas” apresentam “um bom estado sanitário”, o que antecipa “que os
vinhos produzidos sejam de qualidade”, apesar de “alguma irregularidade
no estado de maturação e no teor alcoólico das uvas.
DADOS DE 2009 |
Nas suas
última previsão agrícola, baseada em dados compilados no final de
Outubro e reveladas esta terça-feira, o INE confirma que a campanha do
tomate atingiu o valor mais elevado de produção por hectare, de 93
toneladas. Os dados, já antecipados pela associação sectorial, revelam
que o desempenho atingido por hectare compensou “largamente a redução da
área plantada”.
O INE prevê agora que a produção tenha atingido
nos 1,2 milhões de toneladas. Recorde-se que Portugal vende para fora
95% da sua produção, sendo o quinto maior exportador mundial de
concentrado de tomate.
Metade da produção da azeitona perdida
Na
área oleícola, os primeiros indicadores da campanha são de quebras da
quantidade. A produtividade da azeitona de mesa quebrou em 25%, para 889
quilos por hectare. A mesma quebra, 25%, foi registada na produção de
azeitona dedicada ao fabrico de azeite, esta ficando contudo
“ligeiramente acima do valor médio” dos últimos cinco anos.
A
razão, foi a seca vivida na primeira metade do ano. “Apesar da
precipitação dos últimos meses ter promovido alguma recuperação nos
olivais”, o INE prevê quebras em “todas as principais regiões produtoras
– Alentejo, Trás-os-Montes e Beira Interior”.
Produção de pêra quebra 50%
Numa
outra cultura em que Portugal tem conseguido exportar, além de
abastecer o mercado interno, a produção de pêra (nomeadamente na
variante pêra rocha), as notícias não foram boas. O ano agrícola de 2012
terminará nos pomares portugueses com uma quebra de 50% na produção de
pêra, para 115 mil toneladas e de 25% na de maçã, para 184 mil
toneladas.
No caso da produção de pêra, 2012 sucede a uma ano
recorde (230 mil toneladas em 2011) as alterações climáticas foram
“agravadas” pelo ataque de várias pragas e doenças “com as consequentes
podridões associadas a impedirem a comercialização dos frutos”. O
desempenho de 2012 representa uma quebra de 37% face à média dos últimos
5 anos, conclui ainda o INE.
Também o clima influenciou,
negativamente, a produção de maçãs, verificando-se em Trás-os-Montes “as
maiores quebras” nacionais.
* A agricultura é a maneira saudável de se empobrecer ao ar livre...
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