HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Arquivada participação de crime
contra políticos
O
DIAP de Lisboa arquivou a participação crime por "traição à Pátria"
apresentada pelo movimento Revolução Branca contra todos aqueles que
exerceram cargos políticos entre 1998 e 2011, informou esta terça-feira a
Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.
"O
Ministério Público determinou o arquivamento dos autos por despacho
proferido a 27.09.2012, atenta a natureza genérica e exclusivamente
política desta participação, e o não preenchimento concreto dos
pressupostos do crime denunciado", explica uma nota do Departamento de
Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP), publicada no sítio da
internet da PGDL.
"Estão em causa decisões de natureza política
não sindicáveis penalmente, sob pena de colocar em crise o princípio da
separação de poderes dos órgãos de soberania, uma vez que não está em
causa determinado facto concreto suscetível de relevância criminal ou
suscetível de preencher o crime de Traição à Pátria", concluiu o
Ministério Público.
A queixa, formalizada no Departamento de
Investigação e Ação Penal do Porto pelo movimento cívico Revolução
Branca, visava todos aqueles que exerceram cargos políticos com funções
de decisão, poder soberano ou executivas entre o ano de 1998 e 17 de
Maio de 2011.
O DIAP/Porto remeteu ao seu congénere de Lisboa a
participação que imputava o crime de "traição à Pátria" a titulares de
cargos políticos, por considerar que não lhe competia investigar factos
ocorridos na capital.
* Era expectável esta decisão, mas o movimento Revolução Branca "amandou" uma pedrada para o charco.
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