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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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Estaleiros de Viana
Novo contrato implica dobro
dos trabalhadores
Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) deverão precisar do dobro dos atuais 630 trabalhadores para cumprir, nos previstos 18 meses, a construção de dois navios asfalteiros para a Venezuela por 128 milhões de euros.
Depois
de mais de um ano de impasse, fruto da falta de verbas para garantir a
contratação dos equipamentos e matéria-prima, e em face dos apertados
prazos que não tinham em conta a necessidade de contratação pública por
parte da empresa, os estaleiros acertaram segunda-feira um novo contrato
com a Venezuela.
O anúncio foi feito pelo Ministério da Defesa,
após uma maratona negocial com a PDVSA, empresa de petróleos da
Venezuela, que durava já desde junho e depois de os ENVC terem esgotado
três etapas da construção entrando em incumprimento contratual. "Antes
deste acordo, a empresa estava em incumprimento e arriscava-se a ficar
sem o negócio", explicou fonte do ministério, recordando que a empresa
aplicou os 9 milhões de euros recebidos em 2011, da parte da PDVSA, para
outras obrigações, nomeadamente pagamento de salários.
O anúncio
do acordo deixou os trabalhadores satisfeitos, mas "esperando para ver" o
avanço da construção. "Não queremos ser enganados como já o fomos há um
ano, quando nos prometeram que as verbas para começar a construir
seriam disponibilizadas", explicou ao DN o porta-voz da Comissão de
Trabalhadores.
António Costa garante que a concretização deste negócio
representará "mais do dobro" dos atuais postos de trabalho. "Entre
empregos diretos e indiretos estamos a falar de mais de 1.000 pessoas na
empresa, além dos 630 que temos", garante.
Em causa estão dois
navios com 188 metros de comprimento destinados ao transporte de
asfalto, um produto que a Venezuela exporta para todo o mundo., com oito
tanques, cada um com 23 mil metros cúbicos de capacidade. "São navios
algo complexos, de casco duplo e cujos tanques terão de suportar altas
temperaturas. Mas estão ao nível dos navios químicos ou frigoríficos que
já foram feitos na empresa", acrescentou fonte dos estaleiros. Uma das
características destes navios é a necessidade de dilatação dos tanques,
por o asfalto ser transportado a mais de 200º centígrados.
Esta é
já a segunda revisão ao contrato, depois das alterações dos prazos de
entrega negociadas no início deste ano, para março de 2014, ou seja um
ano de atraso face ao primeiro acordo, celebrado em 2010, com a presença
de Hugo Chávez em Viana. Segundo fonte do ministério, o início da
construção está dependente do lançamento dos procedimentos concursais
para aquisição de material, assim como a conclusão do processo de
reprivatização em curso.
* Se este projecto fôr adiante Aguiar Branco está de parabéns. Mas há cautelas a ter, Chavez deverá perder, felizmente, as próximas eleições não se sabendo se o futuro governo ratificará o contrato, deseja-se que sim.
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