HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Peso da economia paralela
sobe para 25,4% do PIB
Em 2011, a economia não registada atingiu o valor mais elevado de
sempre, confirma estudo do Observatório de Economia e Gestão de Fraude.
A economia paralela acentuou no ano passado a tendência crescente que
vem registando desde o 25 de Abril, quando equivalia "apenas" a 13,9% do
PIB. A mais recente era de austeridade, na sequência da crise, levou ao
crescimento do seu peso em função do PIB de 22,5% em 2008 para 24,2% em
2009, 24,8% em 2010 e 25,4% em 2011.
LEIA-SE "FRACTURA" |
As conclusões são do Índice
de Economia Não Registada, elaborado pelo Observatório de Economia e
Gestão de Fraude, que está a ser apresentado esta manhã na Faculdade de
Economia do Porto. Sendo a subida dos impostos (directos, indirectos) e
das contribuições para a Segurança Social,
assim como a taxa de desemprego, algumas das causas para este fenómeno,
"a tendência é para continuar a aumentar em 2012", concluiu Óscar
Afonso, vice-presidente do Observatório.
Para ilustrar o efeito
nefasto da economia paralela nas contas públicas portuguesas, o
professor da FEP indicou que "se fosse aplicada uma taxa de 20% sobre
esta economia paralela, o Estado podia equilibrar o défice e até ter um
superávit de 0,7%".
Óscar Afonso referiu que "o incentivo ainda é
pouco" no combate à fraude e evasão fiscal e exemplificou medidas que
poderiam ser úteis para reduzir o peso da economia paralela no PIB: a
criminalização do enriquecimento ilícito, o combate às empresas fantasma
e à informação privilegiada.
* A semana passada referimos num comentário sobre as últimas "agressões" económicas e sociais de Passos Coelho, que a economia paralela iria aumentar, se em 2011 foi de 24,5% em 2012 contem com mais 5%.
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