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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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Foram feitos 20.290
abortos legais em 2011
O número de interrupções legais de gravidez realizadas em Portugal, entre 2008 e 2011, aumentou nove por cento, em mais 1.683, na maioria dos casos por opção da mulher, revela um relatório da Direção Geral de Saúde (DGS).
De acordo com o
documento a que a agência Lusa teve hoje acesso, durante o IV Encontro
de Reflexão sobre Interrupção da Gravidez por Opção da Mulher, que
decorre na Figueira da Foz, embora o número total de abortos legais
venha a aumentar desde 2008 (o primeiro ano em que há 12 meses de dados,
depois da aprovação, em 2007, da nova Lei da Interrupção Voluntária da
Gravidez), o crescimento anual, em percentagem, tem sido cada vez menor.
Este
cifrou-se num aumento de 6,7 por cento de 2008 para 2009, de 1,5 por
cento de 2009 para 2010, e de 0,8 por cento de 2010 para 2011.
Segundo
o documento, o numero de abortos legais, em 2011, ascendeu a 20.290
(97,5 por cento das quais por opção da mulher), quando em 2010 esse
número se cifrou em 20.137 para todos os cinco motivos definidos por
lei, dos quais os mais frequentes são o aborto por opção da mulher, até
às 10 semanas, ou grave doença ou malformação congénita do nasciturno.
O
relatório, apresentado à plateia, composta por cerca de 80
especialistas em obstetrícia, por Lisa Vicente, da Direção Geral de
Saúde, refere ainda que, em 2011, 67 por cento das interrupções de
gravidez se realizaram em estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde,
uma diminuição de três por cento face a 2010.
Em 2011, o grupo
etário dos 20 aos 24 anos é aquele em que ocorreram mais interrupções de
gravidez (22,4 por cento), sendo que quase 65 por cento do total de
abortos legais ocorre na faixa etária entre os 20 e os 34 anos.
A
região de Lisboa e Vale do Tejo concentra o maior número de
interrupções de gravidez realizadas em 2011 (11.191, cerca de 55 por
cento do total do país), seguida da região Norte (4.403, 21,7 por cento)
e do Centro - 2.894, que corresponde a 14,2 por cento.
No
extremo oposto situam-se o Alentejo, com 206 abortos realizados em 2011
(cerca de um por cento do total), e Açores, com uma percentagem de 0,06,
o que corresponde a 12 abortos.
O relatório compara ainda a
situação portuguesa com países da União Europeia: Portugal apresenta 7,3
abortos legais por cada mil mulheres em idade fértil (15 a 49 anos),
dados relativos a 2008, abaixo da média da UE que se situa, no mesmo
ano, nas 10 interrupções de gravidez legais.
O IV Encontro de
Reflexão sobre Interrupção da Gravidez por Opção da Mulher, promovido
pelo Serviço de Obstetrícia do Hospital de Faro e pela DGS, com a
colaboração da Sociedade Portuguesa da Contraceção termina sexta-feira,
no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz.
* O número impressiona mas impressionaria mais:
- o número de grávidas que morreriam na práctica de abortos clandestinos em condições de saúde e higiene degradantes.
- o número de mães e crianças infelizes por não haver uma maternidade desejada.
- se a mulher não tivesse o desígnio da livre escolha!
Não nos esqueçamos que se suicida um português de quatro em quatro horas, todos os dias!!!
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