HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
"CORREIO DA MANHÃ"
Jovens a trabalhar
só a partir dos 18 anos
Uma vez que a partir do próximo mês de Setembro o novo limite impõe uma
frequência escolar até ao 12.º ano, num mínimo até aos 18 anos de idade,
o Conselho Nacional de Educação (CNE) recomenda que seja igualmente
ajustada a idade legal de acesso ao trabalho, que se situa actualmente
nos 16 anos.
Num documento esta segunda-feira publicado, o CNE
aplaude a medida mas alerta para a necessidade de estarem criadas
condições para passar a receber um grupo "mais heterogéneo" de alunos,
caso contrário poderá assistir-se a um aumento do insucesso escolar e
mesmo de indisciplina e absentismo.
Para
este conselho é preciso encontrar uma fórmula que garanta que o acesso
ao trabalho antes dos 18 anos se realize "em contexto formativo e com
intencionalidade educativa", sendo também preciso criar condições para
que os jovens encontrem na escola o que procuram, não a transformando
"em meros depósitos de ocupação temporária dos jovens, adiando apenas a
sua entrada no mercado de trabalho", pode ler-se.
As
escolas têm de estar preparadas para lidar com uma "heterogeneidade
cultural e social que passará a estar mais presente nas escolas e
centros de formação". Caso contrário, poderá registar-se um aumento dos
níveis de insucesso e "outras manifestações de desagrado dos estudantes
para com a escola obrigatória", esclarece o documento do CNE.
O
CNE alerta para o facto de que "se não houver as condições e a
capacidade para gerar um leque variado, atractivo e qualificado de
oportunidades educativas para todos, o objectivo do prolongamento de
escolaridade não se cumprirá".
Contactados
pelo CNE, os directores das escolas mostraram-se, em geral, motivados e
preparados para as mudanças, mas temem que possa haver falta de
motivação dos alunos para continuar a estudar, receando mesmo um
"aumento da indisciplina e do absentismo".
Quem
trabalha nas escolas sublinha que é essencial rever e reforçar o apoio
social escolar dos alunos e das famílias com mais carências económicas.
Os directores das escolas sublinham ainda que poderá haver "resistência
das famílias em situação de pobreza e com baixo capital cultural".
* Um assunto crucial que a notícia transforma em "não assunto", tal como a ejaculação, perdão, a licenciatura precoce de Miguel Relvas.
Há tanto jovem com menos de 18 anos a trabalhar em profissões, algumas de elite, publicidade, teatro, televisão, etc, que as excepções vão "baratinar" a regra.
Bolas para o CNE, custa dinheiro e só manda "bitates", as condições criam-se em casa, chama-se educação.
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