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VINHAIS
DISTRITO DE BRAGANÇA
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Vinhais é uma vila portuguesa, pertencente ao Distrito de Bragança, Região Norte e sub-região do Alto Trás-os-Montes, com cerca de 2 200 habitantes.
É sede de um município com 694,68 km² de área e 9 066 habitantes (2011)[1], subdividido em 35 freguesias.
O município é limitado a norte e oeste pela Espanha, a leste pelo município de Bragança, a sul por Macedo de Cavaleiros e Mirandela e a oeste por Valpaços e Chaves.
GEOGRAFIA
Caracterização Física
Este território está integrado no Maciço Hespérico, formação antiga profundamente metamorfizada e entrosada por rochas plutónicas. Com relevo acentuado, percorrida pelas correntes do Tuela e do Rabaçal, que se precipitam no Tua e este no Douro.
As formações geológicas e a sua evolução condicionaram o perfil morfológico fortemente orientado pela fluência da rede hidrográfica, cujas linhas principais, subsidiárias do Douro, se apresentam genericamente orientadas de Norte a Sul.
A rede hidrográfica determina um perfil fisiográfico donde ressaltam as proeminências orográficas da serra da Coroa e distinguem-se as bacias constituídas pelos rios Tuela e Rabaçal, de vales profundos e escarpados.
O território situa-se praticamente entre os 400 e os 1000 metros. Abaixo dos 400 m de altitude encontram-se apenas os talvegues dos rios Rabaçal e Tuela, nos troços inferiores dos respectivos cursos e acima dos 1000 m, a Serra da Coroa.
Os rios são elementos estruturantes da paisagem, condicionam as actividades humanas, asseguram recursos, acrescentam diversidade e ritmo à rígida monotonia das formas esculpidas neste solo antigo.
É uma região marcada por prados permanentes (lameiros), grandes extensões de carvalho negral, soutos de castanheiros e searas de trigo e essencialmente centeio.
As condições peculiares do solo e do clima, associadas a uma sábia ocupação humana, conduziram a uma paisagem extremamente rica e diversificada.
No meio deste cenário o homem tem conseguido manter uma integração relativamente harmoniosa em relação ao meio ambiente que o rodeia, usando os recursos naturais, de uma forma sustentada.
Os principais grupos litológicos constituídos pelas rochas básicas (e ultrabásicas), xistos e granitos, são determinantes na configuração do território.
O xisto é a rocha dominante, razão pela qual é o principal material de construção.
Geologia e Geomorfologia
O território de Vinhais enquadra-se geologicamente, nas zonas Centro Ibérica e Galiza – Trás-os-Montes.
A zona Galiza – Trás-os-Montes é constituída por um empilhamento de diversas unidades tectónicas, carreadas e instaladas sobre metassedimentos Paleozóicos, autóctones da zona Centro Ibérica. Nestas unidades tectónicas, carreadas, distinguem-se dois domínios distintos (Farias e tal., 1987):
-1 – Domínio Xistento (unidades parautoctones);
-2 – Domínio dos complexos ou maciços alóctones.
Estima-se que essa instalação resultou de um processo de colisão de placas tectónicas iniciado aproximadamente há 400 milhões de anos (M.a.) e concluído há 320 (M.a.) tendo sido transportadas para a superfície, rochas das crustas oceânica, continental e do manto superior (anfibolitos, granulitos e metaperidotitos).
Estão representadas nesta área rochas sedimentares de idade mais recente (Cenozóico); rochas metassedimentares e ígneas do Paleozóico (incluindo os granitos); rochas ígneas básicas e ultrabásicas do Câmbrico e Pré-Cambrico.
Vinhais situa-se na Unidade Alóctone Superior do maciço ultramáfico/máfico de Bragança.
Neste complexo estão presentes 3 unidades alóctones
-Unidade Alóctone Superior,
-Unidade Alóctone Intermédia ou Complexo Ofiolitico e -Unidade Alóctone Inferior.
HISTÓRIA
As origens da vila de Vinhais têm levantado muitas interrogações. É certo que a sua ocupação humana data de tempos ancestrais, como o comprovam os diversos vestígios arqueológicos existentes no seu termo, destacando-se o castro da Ciradelha, povoado proto-histórico, fortificado de grandes dimensões.
CASTRILHÃO |
Com datação anterior à Idade do Ferro o povoado do Castrilhão, localiza-se no termo de Rio de Fornos. Aqui foram encontradas, durante escavações arqueológicas, pontas de setas talhadas em xisto e quartzo com datação anterior ao calcolítico.
A partir do século I / II d.C., estes povoados fortificados foram perdendo a sua importância. A necessidade de terrenos mais férteis fez com que as populações se deslocassem do cimo dos montes para os vales onde havia melhores terrenos agrícolas.
Numa zona próxima da igreja de São Facundo foram encontrados vários objectos da época romana: tegulae, peso de tear e cerâmica de uso quotidiano.
Da passagem desses povos restaram-nos alguns vestígios: um tesouro monetário na Vidueira, a cerca de 1,5km para Norte de Vinhais, um marco miliário romano agora desaparecido e a passagem por estas terras da Via Romana XVII, nas imediações da Vila de Vinhais, Via essa que ligava dois importantes conventus juridicus: Bracaraugusta (Braga) a Asturica (Astorga em Espanha), nesta mesma via, foi encontrado um outro marco miliário encontrado no termo de Soeira, depositado no Museu Abade de Baçal.
VIA ROMANA |
O topónimo – Vinhais, - no dizer de alguns historiadores deve provir de data já muito antiga. E, a propósito, escreveu algures, o Abade de Miragaia: «Desde tempos muito remotos a produção principal desta freguesia e deste concelho era o vinho, como está dizendo o seu nome – Vinhais, - terra de vinhas e vinhedos…»
E, na verdade é a este saboroso e apreciado liquido, tão abundante em séculos passados, principalmente entre os rios Tuela e Rabaçal, que se deve, a nosso ver, a origem do vocábulo, que na opinião de alguém com autoridade não é termo moderno, apesar da sua forma não lhe fixar época; depois de se ter aplicado já em substituição do primitivo (briga) , ao local por natureza forte e por certo mais fortalecido do antigo castelo de Vinhais, que ficava a bastantes quilómetros ao Sul da actual vila de Vinhais, (entre os lugares de Nuzedo de Baixo e Vale de Janeiro?),designando por certo, já antes da Nacionalidade, - de modo que o topónimo poderá até ascender ao latim - «viviales» - embora para sua confirmação não tenhamos provas.
NUZEDO DE BAIXO |
O mais antigo documento que conhecemos em que se faz menção do vocábulo – Vinhais – que viria depois a denominar a actual vila de Vinhais é dos meados do século XII, o que não quer dizer que não se trate de designação muito mais antiga nessa época. Trata-se pois da - «Doação ao Mosteiro de São Martinho da Castanheira em terra de Sanábria, Hespanha, de uma propriedade em Vilar d’Ossos – concelho de Vinhais.
Ora é sabido que a actual vila de Vinhais ainda não existia nessa altura mas sim a freguesia de São Facundo, vulgo S. Facundo, de Crespos,
S. FACUNDO |
e, mesmo que existisse ainda não estava organizado o concelho de Vinhais, de modo que não podemos pensar que a expressão se refira o local subordinado à actual vila de Vinhais, mas antes pelo contrário, estamos em optar que se trata não de um – topónimo – nome de lugar, mas de um corónimo, - isto é, do nome dado a uma certa região, ou a um «território» determinado de funções administrativas, não locais (municipais) mas relativamente ao governo central, o mesmo que «terra», termo que afinal, aparece no mesmo documento a designar o que já antes se designava «território».
Barrondas da Serra
Por estar nas encostas de uma das mais conhecidas fronteiras naturais do Nordeste, o Rio Tuela, e sendo assolada frequentemente por investidas hostis, foi necessário fortalecer as suas defesas.
Gentílico | Vinhaense |
Área | 694,68 km² |
População | 9 066 hab. (2011[1]) |
Densidade populacional | 13,05 hab./km² |
N.º de freguesias | 35 |
Presidente da Câmara Municipal |
Não disponível |
Fundação do município (ou foral) |
1253 |
Região (NUTS II) | Norte |
Sub-região (NUTS III) | Alto Trás-os-Montes |
Distrito | Bragança |
Antiga província | Trás-os-Montes e Alto Douro |
Orago | Nossa Senhora da Assunção |
Feriado municipal | 20 de Maio |
Código postal | 5320 Vinhais |
Endereço dos Paços do Concelho |
Rua das Freiras 5320-326 Vinhais |
Sítio oficial | www.cm-vinhais.pt |
Endereço de correio electrónico |
geral@cm-vinhais.p |
Os dados, lançam para o século XII as primeiras edificações do que mais tarde seria o castelo de Vinhais. Trasladado, possivelmente do Monte de Sra. da Saúde, de Vale de Janeiro, por este já não servir os critérios de defesa e controlo fronteiriço.
Em 1253 D. Afonso III concede carta de foral, o qual foi outorgado por D. Manuel I em 1512, aos hominibus de Vinaes, et suis terminis estabelecendo um foro de 600 morabitinos, 500 pela renda daquela terra e 100 pela tenência do castelo (doc. In Alves: IV, 435; PMH-Leges 640). Porém 5 anos depois as inquirições daquele rei mostram que não existia ainda a vila de Vinhais.
CÂMARA MUNICIPAL |
A povoação mais central, por onde se inicia a inquirição do judicatus de vinaes é S. Facundo de Crespos cuja igreja, de traça românica, é hoje a capela de S. Facundo do cemitério da vila de Vinhais. Parece ser posteriormente a 1258 que, num cabeço sobranceiro a Crespos, irá ser erguida a nova vila de Vinhais.
A igreja intra.-muros, a paroquial de N. S. da Assunção da documentação moderna, não é ainda referenciada no Catálogo das Igrejas de 1320-21 que apenas se refere à de S. Facundo.
Nos reinados de D. Fernando e D. João I fizeram-se reconstruções na cerca da vila, prova de que era um local estratégico de defesa assim como de controlo fronteiriço.
Quando D. João I de Castela invadiu Portugal, em 1384, devido à crise de sucessão suscitada pela morte de D. Fernando, o castelo de Vinhais foi um dos muitos que hastearam a bandeira castelhana, recusando, assim, obediência ao Mestre de Avis, futuro D. João I de Portugal.
Vinhais volta a ser recordada no decorrer da Guerra da Restauração, tendo sido uma das vilas sujeitas aos ataques violentos que o exercito espanhol infligiu aos portugueses, devido à sua localização geográfica, tal como descreve Pinho Leal, na célebre obra Portugal Antigo e Moderno:
Em 1666, achando-se em Lisboa o III conde de S. João da Pesqueira (futuro 1º Marquês de Távora, criado por D. Pedro II Regente, de 7 de Janeiro de 1670), governador de Entre Douro e Távora (...). entretanto, o general galego D. BALTAZAR PANTOJA, pôs a ferro e fogo a província de Trás-os-Montes.
Em 1 de Julho de 1666 entrou por Montalegre, no dia 13 de Julho caíu sobre Chaves, no dia 14 de Julho os lugares de Faiões e Santo Estêvão, defendidos pelo sargento-mór ANTÓNIO DE AZEVEDO DA ROCHA, cometendo barbaridades.
Recolhendo-se D. BALTAZAR PANTOJA a Monterey, praça galega ao Norte de Verim, e passados poucos dias volveu sobre Portugal, entrando por Monforte, veio pôr cerco a Vinhais, cercando com o seu exército o castelo, que era defendido pelo governador ESTÊVÃO DE MARIS, com os habitantes da vila e mais 50 auxiliares.
Este acontecimento ficou eternizado numa inscrição que, ainda hoje, se pode ver na parede de uma casa que o defensor de Vinhais (Estêvão de Maris) fez:
ESTÊVÃO DE MARIS, GOVERNADOR DES / TA VILA DE VINHAIS, Fº DE Rº DE MORAIS DE TIO / ZELO, MANDOV FAZER ESTAS CASAS / NA E. DE MDCCVI (?) QUANDO PANTOXA / G L DO EXÉRCITO DE GALIZA COM O / MAIOR Q. SE VIO NESTA PROVINCIA / E LHE DEFENDEO A MVRALHA CÕ / A GENTE NOBRE DA VILA E POV / QVA MAIS DE GRÃ E CÕ PERDER MVTÃ / LEVANTOU O SITIO E QUEIMOU AS / CASAS QUE FICAVÃO FORA DA MURALHA.
Vinhais, volta a ser palco de batalhas durante as guerras Liberais e, mais uma vez, devido à sua posição fronteiriça.
A província de Trás-os-Montes, muito aferrada às tradições da monarquia absoluta, muito teve a sofrer neste período das lutas liberais.
CASAMENTO de D.MIGUEL I
com D. SOFIA ADELAIDE
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Os miguelistas derrotados ou perseguidos várias vezes, para ela se retiraram ou por ela se escaparam para Espanha.
Vinhais esteve sempre ocupada por tropas e armas durante estas guerrilhas, tendo sido muitas as “insurreições, roubos e desacatos” nesta vila face à revolta do povo.
Após a implantação da República, Vinhais tornou-se um centro de atenções de todos os portugueses.
Entre 4 e 5 de Outubro de 1911, a vila foi invadida por Paiva Couceiro que, com esta incursão, pretendia defender a liberdade politica e religiosa dos seus compatriotas monárquicos.
No dia 5 de Outubro de 1911, enquanto por todo o país se comemorava o primeiro aniversário da implantação da República, a monarquia era restaurada em Vinhais, em cuja Câmara Municipal era içada a bandeira azul e branca.
No alto da Corujeira Paiva Couceiro atacou com as suas gentes as forças republicanas que, sob o comando do capitão Andrade, tinham tomado posições no Monte da Ucha, mas que se viram forçados a retirar em direcção a Chaves. Acto continuo Paiva Couceiro entrou em Vinhais, sendo calorosamente recebido e aclamado.
Poucas horas se demoraram os combatentes monárquicos em Vinhais, donde retiraram durante a noite.
O governo provisório decretou de imediato medidas rigorosas; para Vinhais foi destacado um pequeno exército oficial, afim de repelirem os invasores. Paiva Couceiro retirou-se com as suas tropas com o plano de empreender uma acção de “guerrilhas” através de Trás-os-Montes e do Minho, enquanto as suas reduzidas forças o permitissem manter-se em luta.
CULTURA
MONUMENTOS (alguns)
Castelo de Vinhais (vestígios)
Não
se sabe quando terá sido mandado edificar e que monarca o terá
ordenado, no entanto alguns autores defendem que teria sido o rei D.
Dinis, uma vez que existem referências a obras na Praça de Vinhais com
construção de algumas torres durante o seu reinado. Pela sua localização
fronteiriça, o castelo teve grande importância militar, pois o
território desde sempre foi cobiçado por monarcas vizinhos.
Pode-se verificar no seu interior que a
malha urbana evoluiu, organizando-se à volta de um largo no qual se
encontra o pelourinho, os Paços Medievais Concelhios e a Igreja
paroquial de N.ª Sra. da Assunção.
Ao longo da história esta muralha foi rampa de várias lutas, heroicamente salva pelos seus habitantes.
Em 1666 o general espanhol D. Baltasar
Pantoja invadiu a vila durante as guerras da Restauração. A possante
resistência que esta nobre vila obstou ao inimigo consta de um
manuscrito da autoria de Inácio Xavier de Morais Sarmento do Mariz:
«Direi hua verdadeira noticia da villa
de Vinhaes e do sitio que lhe pôz o general das armas catholicas D.
Balthazar de Roxas Pantoxa no Reynado do Senhor D. Afonsso sexto em que
Portugal se fez tão glorioso na mais justamente defensiva e
sanguinolenta guerra. (…)»
O documento narra os feitos deste período com algum humor, como ilustra o excerto que menciona a expulsão dos castelhanos:
«(…) Andavão alguns soldados castilhanos
a roubar pellas cazas e como o muro das freiras hera então baixo
entrarão dois castilhanos a cerca para levarem hua colcha branca
estofada que hua criada da comodidade de Curopos ou Val Paço lugares
vizinhos tinha deixado a enxugar.
Chama-se esta moça Victoria e vendo os
castilhanos hir com a colcha como hera lavradora rustica sahio a elles e
a pegar della que lha deixassem e asim forcejavão o que lha não havião
de levar principiarão as freiras e moças das genellas em altos gritos a
moça, Victoria, Victoria, Victoria, os sinos a repiquar a caixa a tocar
entrão os castilhanos a fugir para o araial gritando que vinha o poder
do mundo sobre elles o Pantoxa deixou o comer ao lume e a caldeirinha de
prata ao Barrabas e montando a cavallo entrarão todos a fugir, e
desapareceu tudo pellas lamas de Rio de Fornos e Muymenta ficando por
testemunha as cadeias de ferro portateis de feitio de serra do Pantoxa a
caldeirinha donde tinha o comer que tudo hoje se conserva nesta villa.
(…)» (Alves, Francisco Manuel, Memórias Arqueológico-Históricas do
Distrito de Bragança, 11 vols., Bragança, 1981-1982).
Centro Interpretativo da Gruta de Dine / Lorga de Dine / Casa da Moura Encantada
O Centro de Interpretação da Lorga de Dine, concelho
de Vinhais, é um equipamento que visa divulgar os achados encontrados
naquele que é um dos locais dos mais representativos do Calcolítico e
Idade do Bronze.
As primeiras escavações realizaram-se em 1964, pela mão do diplomata dinamarquês Karl Harpson, seguindo-se novas investigações entre 1982 e 1984, da responsabilidade do já extinto Serviço Regional de Arqueologia da Zona Norte.
Através destas escavações ficou-se a saber que a Lorga de Dine teve uma longa ocupação no período do Calcolítico. “Foram encontradas grandes quantidades de ossos humanos e de animais, vasos cerâmicos, bem como alguns objectos de adorno e de trabalho da madeira e caça”, explicou o arqueólogo do Parque Natural de Montesinho (PNM), Armando Redentor.
As primeiras escavações realizaram-se em 1964, pela mão do diplomata dinamarquês Karl Harpson, seguindo-se novas investigações entre 1982 e 1984, da responsabilidade do já extinto Serviço Regional de Arqueologia da Zona Norte.
Através destas escavações ficou-se a saber que a Lorga de Dine teve uma longa ocupação no período do Calcolítico. “Foram encontradas grandes quantidades de ossos humanos e de animais, vasos cerâmicos, bem como alguns objectos de adorno e de trabalho da madeira e caça”, explicou o arqueólogo do Parque Natural de Montesinho (PNM), Armando Redentor.
Objectos
como pontas de setas, machados e colares foram colocados no Centro de
Interpretação, ainda que alguns sejam reconstituições dos achados
descobertos nas escavações.
Tendo em conta que foram encontradas diversas ossadas, os técnicos concluíram que a Lorga também servia de necrópole, mas a quantidade de casos desenterrados faz pensar que o local também era usado como armazém de mantimentos, em especial cereais.
Tendo em conta que foram encontradas diversas ossadas, os técnicos concluíram que a Lorga também servia de necrópole, mas a quantidade de casos desenterrados faz pensar que o local também era usado como armazém de mantimentos, em especial cereais.
Cemitério e armazém
Além
disso, pensa-se que o local terá servido, ainda, de habitação à
comunidade que ali se fixou. Segundo Armando Redentor, neste campo
surgem duas possibilidades. “Ou a comunidade vivia no interior da Lorga e
aí enterrava os seus mortos e fazia armazanegem, ou vivia no morro do
Crasto, onde hoje está a igreja paroquial, usando a Lorga para necrópole
e para guardar alimentos”, avança o arqueólogo.
Em termos de espaço físico, a Lorga de Dine é
constituída por três salas de grandes dimensões, a par de duas de menor
dimensão, de onde partem algumas galerias.
Após a abertura do Centro de Interpretação, a Câmara Municipal de Vinhais (CMV) vai levar a cabo uma intervenção no próprio local, que visa consolidar o tecto da gruta, dado que algumas pedras já caíram.
Posteriormente, avançará o arranjo da entrada da Lorga, de forma a impedir o acesso ao interior da gruta que, mesmo assim, poderá ser observada a partir do exterior.
A criação do Centro de Interpretação resulta duma parceria da Câmara Municipal de Vinhais, PNM e Junta de Freguesia de Fresulfe.
O equipamento é constituído por diversos painéis informativos e por uma exposição permanente dos achados arqueológicos.
Após a abertura do Centro de Interpretação, a Câmara Municipal de Vinhais (CMV) vai levar a cabo uma intervenção no próprio local, que visa consolidar o tecto da gruta, dado que algumas pedras já caíram.
Posteriormente, avançará o arranjo da entrada da Lorga, de forma a impedir o acesso ao interior da gruta que, mesmo assim, poderá ser observada a partir do exterior.
A criação do Centro de Interpretação resulta duma parceria da Câmara Municipal de Vinhais, PNM e Junta de Freguesia de Fresulfe.
O equipamento é constituído por diversos painéis informativos e por uma exposição permanente dos achados arqueológicos.
Igreja de São Francisco e Seminário dos Missionários Apostólicos
Este edifício apresenta características arquitetónicas dos séculos XVII e XVIII. Na fachada, corrida, abrem-se janelões gradeados emoldurados de granito, com decoração joanina. Elegantes pináculos rematam as cornijas sobre as quais se levantam os frontões. A igreja possui ainda um campanário parietal coroado por ânforas.
Edifício dos antigos Condes de Vinhais
Casa solarenga de estilo barroco, edificada no século XVIII. Possui planta longitudinal e cobertura de quatro águas. A fachada é caracterizada pelo ritmo das janelas e das portas com frontões triangulares e ferro forjado. No lado esquerdo do edifício situa-se a capela. Nas diversas salas do andar nobre subsistem vestígios de pinturas com cenas bucólicas.
Igreja Matriz de Vinhais
Igreja simples,
com uma nave, em cuja fachada se distingue o portal de verga lisa, que
está concluído por duplo vão onde aparecem os sinos. No acabamento do
conjunto uma empena circular com uma cruz latina. Na porta lateral pode
ler-se a seguinte legenda: M.DCC.XXIII.AN (1723). Imagina-se que a
igreja terá sido edificada usufruindo a perfusão de materiais, presentes
no local, oriundos do pano de muralha ou da Torre de Menagem.
O povo de Vinhais tem muita veneração pela sua grandiosa padroeira.
Segundo a tradição, a sua imagem pertencia à igreja de S. Facundo,
templo antigo que a lenda diz ter sido constituído pelos godos e que foi
dentro dele que os dois fidalgos galegos Facundo e Primitivo, em
combate com os bárbaros, sofreram o cruel martírio na defesa da fé
cristã. Em tempos de seca transporta-se a imagem da igreja paroquial
para a de S. Facundo, afirmando ainda hoje alguns que, ao regressar em
dia de céu límpido, forte aguaceiro de água punha em caos a procissão.
Solar de Vilar de Ossos / Casa Grande de Vilar de Ossos / Palacete da família Pinto de Morais Bacelar
Casa seiscentista armoriada, composta por uma planta em U, com uma ala perpendicular na parte posterior, articulada com corpo secundário, ao qual se une por um passadiço aéreo. Apresenta ainda um jardim barroco diferenciado em três patamares.
Pelourinho de Vinhais
Pelourinho formado por um fuste octogonal e um capitel ornamentado com símbolos heráldicos e cruz, rematado por uma esfera armilar. Foi construído no século XVI, destruído nos finais do século XIX e reconstruído no século XX.
Solar da Corujeira
É um edifício barroco de dois andares e dotado de capela privada, que foi pertença da família Morais Sarmento e Campilho. Edifício de dois andares com enormes portas e janelas rasgadas na larga cornija de cantaria a delinear os ditos andares. A rematar este conjunto, o Brasão da família, dividido em pala; à direita, as armas dos, Sarmento, à esquerda, as armas dos Morais.
Do lado Sul destaca-se uma larga varanda em madeira magnificamente trabalhada de traça tipicamente transmontana.
A capela é abnegada a Nossa Senhora da Oliveira e ostenta grandiosa fachada de três andares, erguendo-se o coroamento acima da frontaria do próprio solar. Este templo ostenta um vocabulário rococó sendo evidente em termos regionais, com portal inscrito em moldura tortuosa, a que se sobrepõe um janelão tubulado. A empena é em vertical com frontão contra curvado e suspenso com um nicho no tímpano.
MUSEUS
Museu do Azeite de Agrochão
Datado possivelmente do século XVIII. Trata-se de um projecto de carácter didáctico que pretende, fundamentalmente, avivar a memória dos mais velhos e dar a conhecer aos mais jovens a forma tradicional de produção do azeite. Exibe um secular lagar de azeite de varas secular e explica o fabrico do azeite à moda antiga, desde a plantação da oliveira até à produção do azeite.
Museu de Arte-Sacra
Trata-se de um edifício acoplado à “Igreja de S. Francisco”, com um grande valor histórico-arquitectónico, que é realçado pela continuidade arquitectural da Igreja de N.ª Sra. da Encarnação.
Neste museu todas as salas para visitar estão interligadas, pertencem a edifícios e organismos diferentes. A ligação faz-se pelos corredores, num chão de madeira que range crónicas antigas. A Igreja do Convento de São Francisco e o Seminário de Vinhais pertencem à Diocese, a Galeria Central, a Igreja S. Francisco e a Capela da Nossa Senhora das Dores pertencem à Ordem III.
Com estas características, a Galeria Central dá-nos acesso ao Coro da Igreja de Nossa Senhora da Encarnação, conhecida pela “Igreja Grande”. Esta pertence ao Seminário de Vinhais, antigo Convento de São Francisco.
Descendo as escadas de pedra até ao rés-do-chão (recepção) há uma colecção de crucifixos e está exposta uma peça mensal, sendo substituída por peças de outras igrejas do concelho através do acordo celebrado com a Diocese, ou de particulares proprietários de objectos de arte sacra em casa e que emprestam regularmente.
Do rés-do-chão, por uma entrada estreita, tem-se acesso também à Capela de Nossa Senhora das Dores, uma capela pequena, mas muito bonita em termos de talha e escultura e com uma intensidade de sofrimento quase real quando se vislumbra o altar. A Santa em tormento com sete flechas cravadas num corpo que “derrama” fios de sangue. Por cima da cabeça está Cristo na cruz.
Uma das particularidades desta capela está exposta sob forma de ex-votos, que serviam de oferenda aos milagres realizados.
Escola Museu de Vila Verde
Integra uma vasta colecção que transporta o visitante pelas salas de aula de outros tempos. A sua colecção concentra-se em objectos utilizados no quotidiano das diversas escolas do concelho de Vinhais e encontra-se dividida em vários núcleos.
A Escola Museu de Vila Verde recria a escola primária da altura do Estado Novo, com móveis e materiais recuperados. Foram recolhidas peças, materiais e equipamentos oriundos de cerca de 80 escolas primárias do concelho, como material de Física e Química, madeiras para trabalhos manuais, e alguns brinquedos tradicionais, dando-lhes uma nova vida e utilidade.
Museu Etnográfico de Agrochão
Trata-se de um imóvel de arquitectura vernacular onde se acondiciona o acervo representativo da etnografia local. Divide-se em três salas que, de forma dinâmica e interactiva, vão apresentando aos visitantes como seria viver numa aldeia do interior transmontano. No rés-do-chão encontra-se uma exposição permanente de alfaias agrícolas; no primeiro andar, podemos visitar a cozinha tradicional transmontana, e ao lado surge-nos uma sala de exposições temporárias.
A peça mais antiga remonta ao século II. Trata-se de uma Ara Votiva Romana, um granito que era oferecido a uma divindade quando alguém fazia uma promessa. Esta peça secular foi encontrada na freguesia de Agrochão, numa zona onde passam as Vias Augustas.
Centro Interpretativo de Raças Autóctones Portuguesas e Centro Hípico já a funcionar
Abriram portas no dia 20 de Maio dois novos equipamentos que complementam a já vasta oferta do parque Biológico de Vinhais (PBV): O Centro Interpretativo de Raças Autóctones Portuguesas e o Centro Hípico e Picadeiro.
No Centro Interpretativo de Raças Autóctones Portuguesas foi instalada uma exposição permanente com representação das 55 raças autóctones nacionais. “Podemos ver aqui todas as raças autóctones que existem no país, reproduzidas em tamanho real e acompanhadas por pinturas ilustrativas do seu habitat natural, do Algarve a Trás-os-Montes”, explica a directora do PBV, Carla Alves.
Todos os animais foram recriados “sem molde” e apesar disso o seu aspecto é quase real.
Este espaço está aberto a todo o tipo de público mas está particularmente vocacionado para visitas de crianças e jovens, “que tem ao seu dispor uma área de trabalho para desenvolver actividades lúdicas e pedagógicas”, acrescenta a responsável, e também para os estudiosos. “Já passaram por aqui alguns responsáveis por Institutos de Ensino Superior, que elogiaram o que aqui temos e que sublinharam a importância deste espaço e da informação que possui para visitas de estudantes da área”, refere o presidente do município de Vinhais, Américo Pereira.
Este é o único Centro Interpretativo representativo de todas as raças autóctones do país.
O autarca explica que este equipamento não surge “por acaso”, mas sim inserido numa estratégia clara traçada para o concelho: “ Temos apostas claras que vamos seguir, o turismo, o arranjo urbanístico da vila e o desenvolvimento rural”, aponta.
Na área do Turismo a autarquia tem criado diversas infra-estruturas que criam novos pontos de interesse para os visitantes. “Uma família que decida fazer férias em Vinhais tem muitas actividades para fazer”, contínua. De facto o Parque Biológico garante alojamento, visita à área de exposição de animais da região, realização de percurso pedestres (devidamente identificados), passeios de bicicleta e agora até a cavalo ou de charrete.
Graças à criação do Centro Hípico é possível alugar um cavalo e passear por toda a área do Parque Natural de Montesinho, alugar uma charrete e passear pelos caminhos rurais ou ir até à vila, etc. Este equipamento também dispõe de um picadeiro, o que garante o funcionamento de uma escola de equitação para crianças e adultos, “todos quantos queiram aprender a andar de cavalo”, conclui o autarca.
GASTRONOMIA
FUMEIRO
O Fumeiro de Vinhais tem Protecção Comunitária IGP-Indicação Geográfica Protegida, certificação atribuída pela União Europeia e que se traduz num reconhecimento das qualidades específicas dos enchidos de Vinhais, permitindo que o consumidor adquira produtos com a garantia de genuinidade e qualidade. O fumeiro é confeccionado a partir de raças autóctones da região, de que é senhor o porco Bísaro, alimentado à base de produtos naturais, tornando a sua carne de qualidade superior, suculenta e saborosa. A excelência da matéria-prima, aliada à confecção tradicional e o clima da região contribuem para que o fumeiro de Vinhais tenha lugar de destaque no país.
Salpicão de Vinhais
O salpicão de Vinhais é um enchido cuja base de confecção é o lombo de porco Bísaro ou de porco cruzado com esta raça autóctone. O preparado de carne, devidamente condimentada com sal, vinho tinto ou branco da região, água, alho, colorau e louro é introduzido numa tripa grossa de porco de forma cilíndrica. Depois de curado, o salpicão pode ser consumido cru, finamente fatiado, ou, enquanto fresco, ser assado na brasa.
Chouriça de carne de Vinhais
A chouriça de carne de Vinhais, também apelidada de linguiça, tem na sua composição carne e gordura de porco de raça Bísara ou de porco cruzado com Bísaro. À carne e gordura é adicionado sal, vinho tinto ou branco da região, água, alho, colorau, louro e a massa resultante é inserida numa tripa delgada de porco ou de vaca. A chouriça de Vinhais pode ser consumida crua, assada ou cozida, conforme o tempo que tem de cura.
Alheira de Vinhais
Também a alheira de Vinhais é criada a partir da carne de porco Bísaro ou de cruzamento desta raça autóctone. O enchido fumado é fabricado com carne, pão regional de trigo e azeite transmontano, a que se junta sal, alho e colorau. A pasta resultante, de onde em onde se podem detectar alguns pequenos pedaços, como carnes desfiadas, servirá para encher uma tripa delgada e seca de vaca. Depois de fumada, a alheira deve consumir-se assada.
Butelo de Vinhais
O butelo de Vinhais é um enchido fumado, confeccionado com carne de porco, gordura, ossos e cartilagens da costela e coluna vertebral de porco Bísaro ou cruzado com esta raça. As carnes com ossos e as cartilagens, depois de condimentadas com sal, alho colorau, louro, água e vinho branco ou tinto da região, são introduzidas em estômago, o chamado bucho, bexiga ou tripa do intestino grosso do porco. Este enchido deve ser consumido cozido.
Chouriço Azedo de Vinhais
É a partir da carne de porco Bísaro ou porco cruzado com esta raça autóctone que se confecciona o chouriço azedo de Vinhais. Para se fabricar este enchido fumado, adiciona-se à carne pão de trigo da região e azeite transmontano. As carnes e a gordura, condimentadas com sal, são cozidas e desfiadas e misturadas com o pão. A massa resultante é condimentada com colorau, alho e azeite e é colocada em intestino grosso do porco. O chouriço azedo de Vinhais deve ser consumido cozido.
Chouriça doce de Vinhais
A chouriça doce de Vinhais é confeccionada com carne magra e carne gorda de porco Bísaro ou porco cruzado com Bísaro, sangue de porco, pão de trigo da região, mel, nozes e amêndoas e azeite de Trás-os-Montes. Para se fazer a massa deste enchido fumado, que é introduzida em tripa delgada de vaca ou porco, são cozidas as carnes e gordura em água, previamente condimentadas. Depois de cozinhadas, as carnes são desfiadas e é adicionado o pão e os restantes ingredientes. Por fim, basta cozer a chouriça para ser consumida.
Presunto de Vinhais
O presunto obtém-se das pernas de porco Bísaro adulto, macho ou fêmea. Durante cerca de 30 dias as pernas estão em salga. Quando esta é concluída, o presunto é untado com uma mistura composta por colorau, azeite e/ou banha e exposto à acção gradual do fumo da queima de carvalho ou castanho. A cura e envelhecimento acontece em local frio e seco e todo o processo demora, no mínimo, um ano. Quando o presunto está pronto, deve ser consumido cru, cortando-se finas fatias.
PRATOS TÍPICOS
Vinhais apresenta uma gastronomia rica e variada, criada a partir de produtos genuínos e naturais.
Descobrir a bela e acolhedora vila de Vinhais, é descobrir também a sua gastronomia, pelo que o visitante não poderá partir sem se deliciar com algumas das especialidades gastronómicas locais, com destaque para as saborosas sopas, as deliciosas entradas, as casulas, os milhos (milho moído, podendo ser confeccionado com tomate ou couve), os cuscus (farinha de trigo e água, cozidos em banho-maria), o celebérrimo fumeiro típico desta região e as magníficas sobremesas de castanha acompanhadas com doces caseiros.
Sopas:
Sopa das matanças, sopa das malhas, sopa das alheiras, sopa de nabos, caldo de cascas, caldo à transmontana, sopa de grão-de-bico.
Entradas / aperitivos:
Manteiga, torradas de mel, torradas de azeite, salpicão, chouriço, presunto, peixinhos do rio, folar da Páscoa, pastéis de massa tenra.
Pratos típicos:
Trutas do Tuela, peixinhos do rio, cuscos, cabrito ou cordeiro à transmontana, javali, grelos cozidos com linguiça e chouriço de pão, cozido à transmontana, vitela entrouxada com castanhas, rodeão assado, rojões, fígado com couve guisada, feijoada à transmontana, milhos, casulas / cascas, aves de capoeira / caça, perdiz estufada ou assada, arroz de pato no forno, arroz de lebre, arroz de tordos, coelho guisado.
Enchidos / Carne de porco:
Alheira assada com batata cozida e grelos (época de Inverno), butelo com cascas (época de Inverno), enchidos cozidos, com batata cozida e grelos, chouriça assada, com batata cozida e grelos, chouriça e presunto com favas guisadas, chouriça com milhos, salpicão.
Sobremesas / bolos:
Tarte de castanha, pudim de castanha, arroz doce, sonhos de abóbora, leite-creme com pão-de-ló, bolo de castanha, súplicas, económicos, filhós, rabanadas, bolo de noz, bolinhos das Clarissas, canelões.
Doces caseiros:
Doce de chila, doce de abóbora com noz, doce de pêssego, doce de morango, doce de pavía, doce de marmelo, compota de pêra, compota de pêssego, compota de cereja, compota de amora, compota de ameixa.
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Passeio à Barragem de Prada
A Barragem de Prada é um pólo situado a cerca de 6 quilómetros do Parque Biológico de Vinhais. Pode chegar lá através de viatura, a pé ou de bicicleta. Neste pólo pretende-se tirar partido da pequena albufeira criando uma zona de presença de aves aquáticas típicas de lagoas de altitude e de presença de outros animais. Para além disso pode deparar-se com várias espécies de libélulas presentes a partir da época Primaveril até ao outono.
São elas:
- Imperador-azul (Anax Imperator)
-Libélula-escarlate (Crocothemis erythraea)
- Orthetrum coerulescens
Nas margens da Barragem de Prada pode ver plantas típicas das margens, tais como:
-Salicária (Lythrum salicaria)
-Tábua (Typha sp.)
Para poder apreciar tudo isto e outros animais que utilizam a barragem de Prada para beber, o Parque Biológico de Vinhais, instalou junto ao estradão um abrigo-observatório (com informação) adequado para, confortavelmente, poder passar algum tempo a apreciar diversas espécies, sem ser visto.
Já em direção ao Parque Biológico, um percurso alternativo leva-o por entre campos de cultivo com observação de construções tradicionais, tal como o moinho de Paçó.
Passeio à Charca da Vidoeira
A Charca da Vidoeira é um dos três pólos que complementam o Parque Biológico de Vinhais. Este núcleo, tal como os outros, é composto por um observatório de madeira. Aqui poderá encontrar informação relativa à fauna e flora desta área. Nesta construção de madeira poderá passar algum tempo a apreciar as várias espécies aqui existentes. Sendo este lago uma paragem obrigatória para muitos animais, quem sabe se não vê algum lobo, raposa, javali ou outro animal a saciar a sede durante a noite?! Neste pólo pode também descobrir diferentes espécies de insetos pertencentes à Ordem Odonata, as conhecidas lebélulas e libelinhas.
São de destacar:
- Libelinha-Esmeralda-Pequena (Lestes virens)
-Libelinha-Vermelha-Pequena (Ceriagrion tenellum)
-Libelinha-Azul-Comum (Enallagma cyathigerum)
Há também várias plantas que são típicas das margens de massas de água:
- Choupo Negro (Populus nigra)
Baldellia Ranunculada (Salix sp.)
Persicária-sempre-noiva (Baldellia ranunculoides)
Passeio ao Alto da Ciradelha
Este pólo consiste num miradouro com vista para uma esplêndida paisagem. Apoiado por uma pequena construção de madeira (observatório), este espaço contém um suporte de informação (Ponto de Biodiversidade ou Biospot) para ampliar o conhecimento dos visitantes. Com o intuito de não interferir nos vestígios arqueológicos aqui existentes, este miradouro encontra-se assente num afloramento rochoso. Para os amantes dos lepidópteros (borboletas e traças), esta é uma ótima área para se instalarem confortavelmente e observarem os diversos tipos de borboletas que aqui vêm reproduzir-se. No pólo da Ciradelha encontram-se abundantemente várias espécies que aqui se concentram para encontrar o parceiro e acasalar, num fenómeno denominado “Hill-topping”.
Algumas das espécies frequentes nesta área são:
-Cauda-de-andorinha (Papilio machaon)
-Borboleta Zebra (Iphiclides feisthamelii)
-Trivia (Melitaea trivia)
-Laranja-quadrada-do-sul (Melitaea deione)
-Borboleta-Quercus (Neozephyrus quercus)
Neste espaço, pode também encontrar uma flora diversificada, nomeadamente:
- Carvalho-Negral (Quercus pyrenaica)
-Azinheira (Quercus rotundifolia)
-Sargaço-Escuro (Cistus monspeliensis)
-Bico-de-Cegonha (Erodium cicutarium)
-Cila-de-Outubro (Scilla autumnalis)
No Pólo da Ciradelha pode descobrir tudo isto e aliar a bela paisagem que este pólo lhe oferece, capturando imagens únicas.
IN
- WIKIPEDIA
- SITE DO MUNICÍPIO
- http://www.turismovinhais.com/
- Jornal do Nordeste
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