08/07/2012

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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"

Finlândia e Holanda minam 
credibilidade da zona euro 

Primeiro-ministro italiano apelou hoje à aplicação rápida das decisões tomadas na última cimeira europeia para resolver a crise. 

O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, criticou hoje certos países "nórdicos" que minam "a credibilidade" das decisões da zona euro e apelou à aplicação rápida das decisões tomadas para resolver a crise. Mario Monti, que falava à imprensa à margem dos Encontros Económicos de Aix-en-Provence (sudeste de França), sublinhou por outro lado a necessidade de as decisões da cimeira serem "traduzidas em termos operacionais pelo Eurogrupo rapidamente". 
O Eurogrupo, que agrupa os ministros das Finanças dos países da zona euro, reúne-se segunda-feira e, novamente, a 20 de julho. Na cimeira de 28 e 29 de junho, os países da zona euro decidiram flexibilizar os fundos de ajuda para os "bons alunos" da disciplina orçamental, como a Itália, sujeitos a taxas de juro elevadas. O conselho decidiu também criar um supervisor bancário único, para depois permitir aos fundos europeus recapitalizarem diretamente os bancos em dificuldades, nomeadamente espanhóis, sem sobrecarregar a dívida do país em causa. Juros voltaram a subir 

As decisões permitiram uma baixa das taxas de juro mas, dias depois, face às reservas levantadas por países como a Finlândia e a Holanda a algumas das decisões, nomeadamente o resgate europeu a bancos espanhóis e italianos, as taxas voltaram a subir. 

Essa subida deveu-se, segundo Monti, a "declarações inapropriadas desta ou daquela autoridade política de Estados membros nórdicos com o objetivo, ou pelo menos a consequência, de reduzir a credibilidade do que o conselho decidiu por unanimidade". 

O primeiro-ministro italiano lamentou que seja assim possível "desfazer unilateralmente o que foi feito e construído com muito esforço conjunto". Numa altura em que o efeito de acalmia nos mercados das decisões do conselho europeu de 28 e 29 de Junho parece desvanecer-se, com as taxas de juro pagas por Itália e Espanha a voltarem a subir nos últimos dias. 

As críticas de Monti parecem ser dirigidas à Finlândia e à Holanda, que depois da cimeira manifestaram reservas quanto a decisões como o resgate europeu a bancos espanhóis e italianos. 

* Mas é o destino...a União Europeia merece algum crédito??? 

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