14/06/2012



  HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Bancos nacionais são dos mais vulneráveis na zona euro 
 Fitch espera extensão do programa de Portugal 
caso Grécia saia do euro. 

Os cuidados da banca nacional para preparar uma eventual saída da Grécia são mais que justificados dado o impacto que esse evento poderia ter no sistema financeiro português. Segundo um relatório publicado ontem pela Fitch, os bancos portugueses e irlandeses serão, à excepção dos cipriotas, os que maior stress irão sentir num cenário de hipotética saída de Atenas da zona euro. 
 A agência refere mesmo que neste cenário as autoridades europeias poderão estender o programa de ajuda a Portugal para prevenir o contágio. "Os bancos em Portugal e na Irlanda estão mais vulneráveis a riscos de contágio já que estas nações são percebidas como ‘as próximas na fila' para uma saída do euro", referiram os analistas da agência de notação de risco num relatório publicado ontem. Além dos planos de contingência de cada um dos bancos, a dimensão do impacto será determinada principalmente pela resposta das autoridades europeias à eventual saída da Grécia da união monetária.
"O impacto indirecto de uma saída da Grécia nos outros países da zona euro é incerto e potencialmente gigantesco caso aconteça um contágio significativo a Irlanda, Portugal, Espanha e Itália", constatam. Dada a caixa de pandora que seria uma eventual saída da Grécia, a Fitch tem no seu cenário mais provável que "exista um forte comunicado público de compromisso por parte do BCE e pelos políticos da zona euro para fornecerem o apoio necessário".
O TOSTÃO FURADO

Para Portugal, uma das opções que poderão ser tomadas para mitigar o impacto da saída da Grécia é uma extensão do actual programa da UE/FMI, defende a Fitch. Já para outros países europeus, colocar o Fundo Europeu de Estabilização Financeira e o Mecanismo Europeu de Estabilidade a comprar dívida. Para se conseguir conter as ondas de choque de uma eventual saída da Grécia, a Fitch defende que a acompanhar aquelas medidas tem de ser feito "um compromisso a nível europeu para uma maior integração".



 * E anda o professor Sousa a dizer que os bancos portugueses estão bem obrigado, que lhe terá encomendado o sermão???


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