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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Um terço dos resíduos perigosos
por tratar
Um terço dos resíduos perigosos em Portugal não são tratados. A conclusão resulta de as duas empresas que realizam a recuperação, valorização e eliminação de resíduos perigosos apenas terem processado 163,5 mil toneladas da produção de resíduos perigosos do país, quando estimativas elaboradas pelas autoridades apontam para uma produção anual de 254 mil toneladas.
As cerca de 90 mil toneladas que permanecem depositadas sem tratamento resultam das 250 empresas que efectuam a recolha de resíduos não entregarem a totalidade dos perigosos nas instalações da EGEO - SISAV e da ECODEAL, ambas no concelho da Chamusca.
Em tempo de crise, Manuel Simões, director-geral da ECODEAL referiu que “limpar uma tonelada de resíduos perigosos representa um custo de 85 euros, enquanto para os restantes resíduos a mesma quantidade custa 45 euros”. “Num camião há uma diferença de mil euros, pelo que os agentes económicos são tentados a não encaminhar os perigosos para as duas empresas do sector”, acrescentou.
Por sua vez, Filipe Serzedelo de Almeida, presidente da EGEO, defendeu que as duas empresas, que em 2011 facturaram 19 milhões de euros, “trabalham abaixo da capacidade, pelo que é urgente o Governo adoptar uma lei dos solos contaminados”.
Para garantir “a viabilidade futura” do sector, os responsáveis defendem um aperto da fiscalização, tutelada pelo Ministério do Ambiente, a fim de terminar a concorrência desleal.
* PORTUGAL ENVENENADO
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