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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Portugal está a ganhar
"massa altamente qualificada"
Portugal está a ganhar uma "massa altamente qualificada" de cientistas no estrangeiro, que deverá trazer frutos no futuro próximo, afirma Pedro Reis, director de um laboratório no Massachusetts Institute of Technology (MIT), Estados Unidos.
- Não estou para aturar estes gajos |
Criador de um novo grupo de investigação nos Departamentos de Engenharia Civil e Ambiental e Engenharia Mecânica do MIT, na área da nanotecnologia, Reis recebeu recentemente o "prémio de Liderança" dos seus pares portugueses nos Estados Unidos, a sociedade de pós-graduados PAPS.
"Há que pensar com visão. A ciência e inovação é feita num meio global e, se não tivermos bem posicionados nesse meio, não saímos da cepa porta", disse à Lusa o cientista português, natural de Viseu e a viver há 16 anos no estrangeiro.
Com passagens também por universidades britânicas e francesas, Reis afirma que até há alguns anos Portugal tinha "uma rede de contactos científica internacional muito, muito pequena", em comparação com países como Espanha, Itália ou Grécia, e aqueles que estudavam no estrangeiro normalmente não ficavam.
"Havia essa falha. Sem uma rede, torna-se muito mais difícil posicionar Portugal em laboratórios de topo.
Esta rede pode beneficiar muito a ciência portuguesa", afirma.
Até 2011, Reis era o único professor português no MIT, mas agora tem outro compatriota no Departamento de Matemática, além de dezenas de alunos que têm passado pela faculdade ao abrigo do programa de associação com universidades portuguesas.
"Temos agora um ambiente de crise, as oportunidades académicas não abundam em Portugal. Mas depois da tempestade vem sempre a bonança, e tendo esta massa altamente qualificada no estrangeiro a poder voltar é sempre uma mais-valia para o país", adianta.
* A massa qualificada portuguesa que trabalha no estrangeiro e é respeitada pelo seu trabalho só se for louca é que quer vir trabalhar par um país onde reina a corrupção e a incompetência.
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