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HOJE NO
"RECORD"
Mário Santos:
«Resultados não se medem
em vitórias morais»
O Chefe de Missão de Portugal aos Jogos Olímpicos de Londres defende que os resultados desportivos não se medem em vitórias morais, mas escusa-se a colocar uma fasquia de medalhas para conquistar em Londres.
"Nem os atletas nem o país investiram nos Jogos só com o objetivo de participar. Os resultados desportivos medem-se em medalhas, diplomas e finais e não em vitórias morais", afirma Mário Santos.
Há quatro anos, em Pequim, Nelson Évora sagrou-se campeão olímpico do triplo salto e Vanessa Fernandes conquistou a prata no triatlo, duas medalhas que constituíram um balanço abaixo das expetativas criadas. Em Londres, nenhum deles estará presente.
Na quarta-feira, ficam a faltar 100 dias para o início dos Jogos, que se disputam entre 27 de julho e 12 de agosto, e Mário Santos espera que os 57 atletas já qualificados e aqueles que se venham a apurar atinjam em Londres "a melhor prestação desportiva da olimpíada".
"Tem de ser essa a nossa preocupação enquanto equipa que vai a Londres para competir. Porque, acima de tudo, a nossa participação e a nossa missão têm a componente desportiva, que nos orienta. É sobre essa vertente que condicionamos toda a nossa preparação", explicou.
O Chefe de Missão, também presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, tem por isso "a expetativa de que os atletas estejam a preparar-se nesse sentido", para que cheguem aos Jogos Olímpicos e alcancem os resultados que têm em mente.
"Não estou a falar em medalhas", frisou. "Temos aqui atletas com objetivos diferentes, atletas que vão com o objetivo de ganhar medalhas, temos atletas com o objetivo de obter diplomas olímpicos, que são resultados [até ao oitavo lugar] com grande importância, que muitas vezes não valorizamos, e espero que os atletas lutem por eles", acrescentou.
Mário Santos entende que "não cabe ao Chefe de Missão fazer prognósticos", mas lembra que durante os quatro anos do Projeto Olímpico houve atletas "apoiados em nível de medalhados, finalistas e semifinalistas" e, por isso, sente legitimidade para esperar que confirmem os resultados obtidos ao longo da olimpíada. "É uma expetativa normal", defendeu.
* Haja alguém que não gosta de vitórias morais, tiramos-lhe o chapéu!!!
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