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Aumento dos crimes contra património pode estar ligado à crise
O Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) considerou hoje que o aumento dos crimes contra o património, como o roubo por esticão e a ourivesaria, pode estar ligado à crise económica que o país atravessa.
O porta-voz do OSCOT, Filipe Pathé Duarte, disse à agência Lusa que «é difícil estabelecer uma ligação directa entre a crise económica e a criminalidade».
Porém, «há um determinado tipo de criminalidade que pode estar ligada à crise», nomeadamente os crimes contra o património, adiantou o investigador universitário, reagindo ao Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2011, hoje apresentado.
Segundo o RASI, a criminalidade participada à GNR, PSP e PJ desceu dois por cento em 2011 face ao ano anterior, tendo a criminalidade violenta e grave sofrido uma diminuição mais ligeira (1,2 por cento).
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O relatório indica que em 2011 aumentaram os crimes de roubo por esticão (mais 21,2 por cento), roubo a ourivesarias (mais 14,2%), furto em residência (mais 6,2%) e roubo em residência (mais 7,3 por cento).
Para o porta-voz do OSCOT, o aumento dos crimes de roubo por esticão e a ourivesarias é «uma tendência com a crise».
Filipe Pathé Duarte sublinhou que, apesar de não existir «uma ligação directa» com a crise, há uma criminalidade específica que aumenta.
O porta-voz do OSCOT recordou ainda que a criminalidade aumentou até 2008, quando atingiu o seu pico, tendo desde essa altura diminuído devido à acção das polícias e às políticas de segurança.
* É a fome, são os guetos, o futuro sem esperança, tudo isto é crise e crime.
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