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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Estaleiros de Viana vão ser
reprivatizados no espaço de quatro meses
O Governo vai lançar, dentro de 45 dias, um concurso público internacional para a reprivatização total dos Estaleiros Navais Viana do Castelo.
Esse processo, resulta de "vários contactos e reuniões" que se revelaram "suficientemente sólidos", com seis potenciais grupos interessados na compra dos Estaleiros Navais Viana do Castelo (ENVC), disse hoje à agência Lusa fonte do Ministério da Defesa.
"No âmbito deste concurso público estes grupos podem confirmar as propostas ou não. Como podem ainda aparecer outras", acrescentou a fonte, assumindo a existência de "garantias" dos interessados até ao momento.
Tratam-se de grupos económicos ligados à indústria naval chinesa e russa, mas também investidores nacionais.
"Haverá agora um período de cerca de mês e meio para o ministério das Finanças preparar o caderno de encargos desta reprivatização. Estimamos depois mais cerca de dois meses para a decisão sobre o vencedor do concurso", explicou a mesma fonte.
O objetivo da Tutela passa por reprivatizar a empresa - nacionalizada há 37 anos a pedido dos trabalhadores e da própria administração -, nos próximos quatro meses.
A fonte do Ministério explicou que é utilizado o termo reprivatização porque os ENVC já foram privados (mesmo que há mais de 37 anos) e, por isso, é obrigatório o concurso público internacional, senão a solução passaria por uma negociação direta.
De parte ficam outras soluções que chegaram a ser propostas por alguns grupos interessados, como a concessão da exploração ou uma privatização parcial.
"Nesses cenários não havia qualquer garantia de da salvaguarda dos postos de trabalho", explicou a fonte do ministério da Defesa.
A opção pela privatização dos estaleiros vai ser apresentada, esta segunda-feira, às 17 horas, pelo ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, como solução para assegurar a continuidade da empresa à Comissão de Trabalhadores.
* Fica demonstrada a incapacidade governativa para criar melhores soluções para as empresas estatais. As que dão muito lucro, vendem-se rápido com contrapartidas insuficientes, as que têm problemas financeiros mas são viáveis vão quase à morte lenta para depois serem vendidas, isto para não falar do verdadeiro "cancro" que são a maioria das "PPP's", o ninho dos boys e das girls partidocratas do país.
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