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Saúde
Epilépticos terão de ir a juntas médicas
para manterem isenção nas taxas moderadoras
Neurologista diz que o novo regime vai implicar a "burocratização" do sistema actual, obrigando doentes a ir a juntas médicas. As novas regras vão entrar em vigor no próximo dia 1 de Janeiro.
O novo regime de taxas moderadoras vai "burocratizar muito" os pedidos de isenção para os doentes com formas graves de epilepsia, obrigando-os a requerer uma junta médica para a avaliação da sua incapacidade, critica o presidente da Liga Portuguesa Contra a Epilepsia (LPCE), Francisco Sales. "Os doentes vão ter que ir ao médico ou ao delegado de saúde para pedir uma junta médica e solicitar vários relatórios. Imagine-se a burocratização que isto vai implicar", lamenta o neurologista, que estima em cerca de 20 mil as pessoas com formas crónicas e graves de epilepsia em Portugal.
"São doentes que não respondem à medicação e têm crises com frequência. E que, quando têm crises no meio da rua, quase são obrigados a ir às urgências pelas pessoas que os socorrem. Vão ter que pagar taxas moderadoras? Isto é um bocado perverso", defende Francisco Sales. Existem 50 mil a 60 mil pessoas com epilepsia em Portugal.
* Esta determinação serve para descredibilizar os médicos da especialidade, não basta o dignóstico, tem de ir à Troika. Por este caminho para confirmar uma cárie dentária também vai a Tróika.
Troikam-nos as voltas.
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