06/07/2020

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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Horta Osório abandona liderança
 do banco Lloyds

Banqueiro português anuncia a saída do banco Lloyds, ao fim de dez anos ao leme da empresa.

António Horta Osório prepara-se para pôr fim a um ciclo de dez anos à frente do banco Lloyds. Em comunicado, é indicado que esta saída terá efeitos a partir de junho de 2021.
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Indicando que é apologista de que "as pessoas não se devem perpetuar nos cargos, para benefício das instituições e dos próprios", Horta Osório decidiu põe fim a uma década ao leme do banco inglês.

Na nota é indicado que a saída acontecerá depois de terminar o terceiro plano estratégico desenhado para o Lloyds para o período 2018- 2020, que tem como principais objetivos a preparação do "banco para um mundo digital e contribuir para a transição do Reino Unido para uma economia de baixo carbono".

Horta Osório assumiu o cargo de CEO do Lloyds em março de 2011, a convite do Governo Inglês e do ministro das Finanças George Osborne, para liderar o turnaround do Banco na sequência da aquisição pelo Lloyds do HBOS, e que acarretou a entrada do Estado no capital do Banco com 39% do capital.

Com a saída agendada para daqui a menos de um ano, Horta Osório irá concluir a implementação do plano estratégico apresentado há dois anos e ainda enfrentar os desafios e consequências económicas que surgiram com a pandemia de covid-19. O banqueiro tem ainda como objetivo garantir que a transição de liderança do banco é feita de "forma tranquila e organizada".

"É com um misto de emoções que anuncio a minha intenção de deixar o Lloyds Banking Group em junho do próximo ano. Foi um enorme privilégio ter contado com o apoio de uma equipa extraordinária, tanto no Conselho de Administração como no Conselho Executivo, com a qual vou continuar a contar até terminarmos a implementação do nosso plano estratégico, contribuindo para transformar o Grupo no banco do futuro", declara Horta Osório.

"Todos no Lloyds nos unimos em torno do objetivo de ajudar o Reino Unido a prosperar e os nossos clientes e comunidades estão a sentir o nosso empenho agora, mais do que nunca. Foi um honra fazer parte da transformação de grande parte das nossas áreas de negócio. Sei que, quando deixar o cargo de CEO do Grupo no próximo ano, o banco terá a força estratégica, financeira e de gestão necessária para continuar a reforçar a sua posição de liderança no mercado."

Já o chairman do Lloyds, Lord Norman Blackwell, deixa elogios à contribuição de Horta Osório. "Gostaria de aproveitar esta oportunidade para homenagear a extraordinária contribuição do António Horta Osório, ao longo da última década, primeiro liderando o turnaround e, depois, o desenvolvimento estratégico do grupo. O seu compromisso pessoal e a sua forte visão conduziram a um período de mudanças massivas e bem-sucedidas no Grupo, devolvendo o Lloyds à sua posição de destaque para ajudar o Reino Unido a prosperar como principal banco comercial e de retalho do país."

"Durante a sua gestão, Horta Osório supervisionou uma transformação abrangente do balanço do grupo, das várias divisões de negócio e das propostas aos clientes do grupo, incluindo o reembolso do investimento de 21 mil milhões de libras realizado pelo governo do Reino Unido e a evolução do Grupo para o maior banco digital do país. A decisão de anunciar agora a sua intenção de saída do Grupo vai permitir um processo de sucessão ordenado para a nomeação de um novo CEO no próximo ano, que irá trabalhar com o novo Chairman", declarou Lord Blackwell.

* Só pessoas de inteligência excepcional  têm esta atitude, em Portugal a vulgaridade é generalizada, veja-se o caso do ex-ministro da Defesa  e do ex CEO da EDP arrogantemente agarrados ao poder que nem umas  lapas.

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