09/07/2020

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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
Insolvências de empresas na Madeira aumentam 8% até Junho

O número de insolvências em Portugal atingiu 559 em Junho, mais 191 que no período homólogo de 2019, mas menos 41 que em Maio, anunciou hoje a Iberinform. No acumulado do ano, desde Janeiro, já são 2.749 insolvências, das quais 67 na Região Autónoma da Madeira, que apresenta uma variação homóloga superior à média nacional.

Segundo um comunicado da Iberinform, filial da Crédito y Caución que oferece soluções de gestão de clientes para as áreas financeiras, de marketing e internacional, em termos acumulados, no primeiro semestre registaram-se 2.749 insolvências, mais 7,5% que no mesmo período de 2019, mas inferior aos totais registados no primeiro semestre de 2017 (3.391) e de 2018 (3.067). Na Madeira o aumento foi de 8,1%, ainda assim bem distante das regiões mais afectadas pela actual crise. No mesmo período do ano passado, as insolvências ascendiam a 62.

Lisboa e o Porto são os distritos que no primeiro semestre apresentaram o número de insolvências mais elevado, com 568 e 687 casos, respetivamente, e a registarem aumentos de 8,8% e de 7,7% em relação ao mesmo semestre de 2019.
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A Iberinform indica que a maioria dos distritos continua a revelar um aumento de insolvências (59,1%) e que entre os distritos com maiores aumentos percentuais se encontram Angra do Heroísmo (142,9%), Castelo Branco (69,2%), Beja (50%), Faro (44,7%), Viana do Castelo (30,6%) e Ponta Delgada (23,5%). 

Entre os distritos com redução nas insolvências (36,4%) a consultora destaca a Guarda, com uma redução de 37,5% face a igual período do ano passado, Horta (-25%) e Coimbra (-23,1%). Évora mantém o número de insolvências de 2019 (22).

No comunicado, a empresa afirma que apenas dois setores de atividade não viram crescer o número de empresas insolventes no primeiro semestre de 2020, que são o da Indústria Extrativa, com um decréscimo de 42,9% face a 2019, e o da Construção e Obras Públicas (-7,6%).

Dos restantes setores, os maiores aumentos foram registados no das Telecomunicações (33,3%), Hotelaria e Restauração (18,3%) e Outros Serviços (16,6%). 

O setor de Eletricidade, Gás e Água registou uma variação nula em relação a 2019, com cinco insolvências.

Em relação à constituição de novas empresas, a Iberinform afirma que em junho foram criadas 2.641 novas empresas, menos 597 que no período homólogo de 2019 (-18,4%). Contudo, este valor traduz um aumento de 21,4% face a maio, sublinha a consultora, adiantando que "ainda que quando comparado com o ano anterior, o número de constituições seja consideravelmente menor, o nascimento de novas empresas já se começa a revelar, após uma quebra notória durante os meses de confinamento".

Quebra de quase 40% nas constituições
Em dados acumulados, o primeiro semestre de 2020 fechou com um total de 18.076 constituições, menos 9.471 que em 2019 (-34,3%). Em termos históricos, a constituição de novas empresas no primeiro semestre 2020 é muito inferior à dos anos anteriores: 24.648 em 2018 e 27.547 em 2019.

O número de constituição de novas empresas mais significativo verifica-se em Lisboa, com 4.724 empresas (-36%), e no Porto, com 3.341 empresas (-33,4% face a 2019). Também aqui a Madeira apresenta aumento percentual superior à média nacional, com quebra de 604 para 365, sendo aliás a terceira região com maior quebra na constituição de novas empresas.

Todos os distritos apresentam decréscimos com as variações mais significativas a ocorrerem nos distritos de Aveiro (-51,5%), Guarda (-40,5%) e na Madeira (-39,6%). 

Assim como nenhum distrito apresentou variação positiva, também os setores de atividade relevam esta mesma tendência com as variações mais significativas a registarem-se na Indústria Extrativa (-56,5%), no setor da Hotelaria e Restauração (-38,7%), Transportes (-37,8%), Outros Serviços (-35,2%) e Construção e Obras Públicas (-35,1%), refere ainda a Iberinform.

Estes valores estão em linha com os dados divulgados ontem pela Informa D&B aos quais demos notícia aqui.

* A criação de novas  empresas não constituem nenhum índice de felicidade, grave são as insolvências que atiram trabalhadores para a rua.

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