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"O JORNAL ECONÓMICO"
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“Irredutíveis”. Lagarde reage a decisão
do Tribunal Constitucional alemão
sobre compras de dívida pública
A reação da líder máxima do BCE surgiu num seminário online organizado pela Bloomberg: “Respondemos ao Parlamento Europeu e somos uma instituição independente. Vamos respeitar ao máximo o nosso mandato e fazer tudo para cumpri-lo. Vamos continuar a agir dessa forma, mantendo-nos irredutíveis”, referiu Lagarde.
Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, reagiu esta
quinta-feira à decisão do Tribunal Constitucional alemão sobre as
compras de dívida pública e deixou claro duas ideias: que o BCE é uma
entidade independente e que os seus dirigentes se vão manter
irredutíveis no cumprimentos das suas políticas.
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A reação da líder máxima do BCE surgiu num seminário online
organizado pela Bloomberg: “Respondemos ao Parlamento Europeu e somos
uma instituição independente. Vamos respeitar ao máximo o nosso mandato e
fazer tudo para cumpri-lo. Vamos continuar a agir dessa forma,
mantendo-nos irredutíveis”, referiu Lagarde.
Esta
quinta-feira, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de
Guindos, sublinhou perante o Parlamento Europeu que a instituição
avalia “continuamente” a proporcionalidade das suas acções, quando
questionado sobre o recente acórdão do Tribunal Constitucional alemão.
Numa
audição por videoconferência com a comissão parlamentar de Assuntos
Económicos, e ao ser questionado pelos eurodeputados sobre as dúvidas
levantadas pelo Tribunal Constitucional alemão relativamente à
idoneidade e proporcionalidade do programa de compra de ativos pela
instituição, De Guindos garantiu que o BCE não coloca a sua política
monetária “numa torre de marfim”, avaliando constantemente as suas
consequências.
Na
passada terça-feira, o Tribunal Constitucional alemão considerou que
partes do programa de aquisição de dívida do Banco Central Europeu (BCE)
não cumprem as leis e dá três meses a Frankfurt para fazer alterações.
A
decisão do Tribunal Constitucional, divulgada esta terça-feira, resulta
de uma queixa de mais de dois mil autores sobre o programa de compra de
dívida lançado por Mario Draghi em 2015 e em vigor até 2019,
argumentando que a aquisição é ilegal por se tratar de financiamento
monetário dos Estados-membros.
Os juízes sustentam não poder
“determinar definitivamente se o Governo Federal e o Bundestag realmente
violaram a responsabilidade em relação à integração europeia”, porém
consideram que “o BCE não realiza o equilíbrio necessário entre o
objetivo de política monetária e os efeitos da política económica
decorrentes do programa”, salientando que “excedem o mandato de política
monetária do BCE”.
* É corrente comentar-se que quem verdadeiramente manda na UE é o Tribunal Constitucional Alemão o que faz da comunidade uma UJ.
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