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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
As viseiras - nenhum estudo avaliou eficácia no controlo da fonte de infeção
A evidência atual sugere que o vírus SARS-CoV-2, responsável pela covid-19, se transmite como os outros vírus respiratórios.
O indivíduo doente pode libertar gotículas
ao falar, tossir, espirrar, rir..., que podem entrar em contacto com
olhos, nariz ou boca da pessoa suscetível que se encontre a menos de
dois metros de distância, ou então essas gotículas caem e ficam
depositadas nas superfícies. As mãos comportam-se de seguida como
veículo da infeção.
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Por
esse motivo é necessário manter a distância, cumprir a etiqueta
respiratória, higienizar frequentemente as mãos e utilizar uma barreira
física que contenha a emissão das gotículas e evite a sua deposição nas
superfícies.
As viseiras funcionam como uma barreira
física: são constituídas por uma armação e uma película de plástico
transparente que cobre o rosto. Para uma maior proteção do indivíduo que
a usa, a viseira deve cobrir toda a face - ser mais baixa que o queixo,
lateralmente ir até às orelhas e não ter espaço entre a armação e a
testa. Com estas características, as viseiras têm algumas vantagens -
protegem os olhos, podem ser reutilizadas (são limpas com água e sabão
ou com desinfetante comum), são relativamente confortáveis e protegem o
utilizador reduzindo a exposição do mesmo a gotículas e diminuindo o
potencial de autocontaminação impedindo-o de tocar o seu próprio rosto.
O
problema é que a viseira é aberta em baixo, o que permite a queda de
gotículas que se vão depositar nas superfícies. Nenhum estudo avaliou os
efeitos ou benefícios das viseiras no controlo da fonte, ou seja, na
contenção das gotículas emitidas por utilizador doente.
O
indivíduo doente pode ser transmissor da infeção mesmo que
assintomático ou com sintomas ligeiros que pode não valorizar. A
utilização da máscara, tapando completamente a boca e o nariz, permite a
contenção das gotículas, ajudando a reduzir a transmissão da infeção.
Nesta pandemia é necessário que os nossos comportamentos nos protejam a
nós e aos outros. Ao utilizar a viseira está a proteger-se a si, ao usar
a máscara está a proteger também os outros. A viseira não é uma
alternativa à máscara, é um complemento.
* Continuamos sem perceber porque agentes da PSP e da GNR usam viseira e não máscara. Os autores dessa ordem são responsáveis pelo incremento de agente infectados.
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