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HOJE NO
"A BOLA"
Futuro da Fórmula 1 em risco
O
adiamento do GP do Canadá, originalmente planeado para 14 de junho, no
Circuito Gilles Villeneuve, em Montreal, e a extensão do período
obrigatório de inatividade, de 21 para 35 dias, deixaram os responsáveis
da Fórmula 1 à beira de ataques de nervos…
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Devido à
pandemia do Covid-19, não foram organizadas as primeiras nove corridas
do campeonato de 2020, que tinha número recorde de 22 no calendário, mas
sete Grandes Prémios foram apenas suspensos, podendo, por isso,
realizar-se mais à frente no ano.
Chase Carey, diretor do
Grupo Fórmula 1, insiste na possibilidade de campeonato com 15 ou 16
corridas, podendo iniciar-se a época até ao verão. Controlando-se o
problema global de saúde pública e mantendo-se a programação planeada,
arranque do Mundial a 28 de junho, com o Grande Prémio de França, em
Paul Ricard.
Mas, financeiramente, o Covid-19 é demolidor
tanto para o Grupo Fórmula 1 como para as 10 equipas que aceleram no
Mundial. Em 2019, só ao promotor e não contando com os pagamentos às
escuderias, o campeonato custou 381 milhões de dólares! Em 2020,
manutenção das despesas fixas e ausência de receitas.
E a
sugestão de muitas corridas em poucas semanas preocupa. «Concentrar 18
corridas em seis meses não é o mesmo do que participar em 18 corridas
durante 12 meses! Precisamos de mais componentes, mais mecânicos»,
explica Frédéric Vasseur, diretor da Alfa Romeo, que propõe solução
simples: «Dois dias em vez de três por Grande Prémio. Não temos recursos
para mais.»
Mais radical, o antigo piloto Jan Lammers,
sugeriu dois Grandes Prémios por semana! «O que impede a realização de
um GP nas noites de terça e quarta-feira, como acontece no futebol com
os jogos da Liga dos Campeões? Não tem de ser sempre ao fim de semana»,
sugeriu...
Na Fórmula 1, após o adiamento da introdução de
monolugares e regulamentos novos de 2021 para 2022, também há acordo
para redução do limite orçamental de 175 para 150 milhões de dólares por
época, descontando-se os salários dos pilotos, mas Vasseur é adepto de
redução mais significativa: «Se não formos razoáveis, as equipas
pequenas não sobrevivem.»
* Há coisas bem mais importantes embora tenhamos noção dos milhares de trabalhadores que trabalham no circo da F1.
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