21/04/2020

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HOJE NO 
"AÇORIANO ORIENTAL"
Organização religiosa açoriana 
desafia produtores a doarem 
excedentes a carenciados

O Serviço Diocesano para a Pastoral Social da Diocese de Angra pediu às autarquias açorianas onde existam mercados agrícolas e aos produtores de hortícolas para que doem excedentes, minimizando necessidades das famílias devido à Covid-19. 
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Em comunicado a organização religiosa alerta que, “em muitos lares açorianos, o mês de abril representou perda de rendimento”, potenciado pela situação de pandemia devido à Covid-19, e “todos os dias surgem novas situações de famílias que nunca tiveram de pedir ajuda", mas estão agora com "dificuldades para pagar despesas básicas, inclusive garantir as refeições diárias”.

“Se antes deste tempo crítico, os Açores registavam um terço da sua população em situação de pobreza, a realidade atual, certamente, será ainda mais grave”, assinala o serviço diocesano, lembrando que o confinamento “já se prolonga há mais de um mês” e tem "um impacto económico sem precedentes, obrigando ao encerramento de muitas empresas e serviços e colocando trabalhadores no desemprego, sobretudo, os que tinham vínculos precários”.

No comunicado, a entidade pede a construção de uma espécie de "banca solidária" nos mercados agrícolas, na qual todos os comerciantes poderão depositar produtos hortícolas ou frutas que, "não sendo vendidos, iriam perecer, eventualmente, acabando no lixo ou em composto”.

Estes produtos chegariam posteriormente às famílias com necessidades alimentares identificadas em parceria com a Cáritas, Pastoral Social das paróquias (conferências vicentinas) e serviço social das autarquias.

"Há muitas famílias que não manifestam as suas necessidades, mas as paróquias conhecem. Há muitas pessoas com vergonha de pedir ajuda, mas o serviço social das autarquias conhece. Há muitos cidadãos que sempre tiveram o suficiente para comer, que perderam essa capacidade da noite para o dia, porque o marido, a esposa, ou ambos, ficaram no desemprego, e não sabem como ou quando irão poder voltar a trabalhar e a ter os seus rendimentos próprios", sustenta a nota.

O Serviço Diocesano para a Pastoral Social da Diocese de Angra refere que “a defesa da saúde da população não passa só por ficar em casa, mas também depende da alimentação diária", apelando à população para que possa ajudar "os que vivem em dificuldades".

"Se há excedentes de produção neste tempo difícil, porque não continuar a produzir a pensar nestas pessoas, nestas famílias? Iremos voltar à normalidade do consumo e, nessa altura, vamos precisar que se mantenha a produção. Podemos e devemos ser solidários e juntar, numa 'banca' o que não se vende no mercado e o que os produtores, grandes ou pequenos, podem dispensar", reforça o documento.

* A pastorícia dos santinhos a fingir que é boazinha. Quando explicam à gente porque o nível superior de trabalho da mulher na hierarquia da seita, é criada de padre?

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