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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Organização religiosa açoriana
desafia produtores a doarem
excedentes a carenciados
O Serviço Diocesano para a Pastoral Social da Diocese de Angra pediu às autarquias açorianas onde existam mercados agrícolas e aos produtores de hortícolas para que doem excedentes, minimizando necessidades das famílias devido à Covid-19.
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Em
comunicado a organização religiosa alerta que,
“em muitos lares açorianos, o mês de abril representou perda de
rendimento”, potenciado pela situação de pandemia devido à Covid-19, e
“todos os dias surgem novas situações de famílias que nunca tiveram de
pedir ajuda", mas estão agora com "dificuldades para pagar despesas
básicas, inclusive garantir as refeições diárias”.
“Se
antes deste tempo crítico, os Açores registavam um terço da sua
população em situação de pobreza, a realidade atual, certamente, será
ainda mais grave”, assinala o serviço diocesano, lembrando que o
confinamento “já se prolonga há mais de um mês” e tem "um impacto
económico sem precedentes, obrigando ao encerramento de muitas empresas e
serviços e colocando trabalhadores no desemprego, sobretudo, os que
tinham vínculos precários”.
No comunicado,
a entidade pede a construção de uma espécie de "banca solidária" nos
mercados agrícolas, na qual todos os comerciantes poderão depositar
produtos hortícolas ou frutas que, "não sendo vendidos, iriam perecer,
eventualmente, acabando no lixo ou em composto”.
Estes
produtos chegariam posteriormente às famílias com necessidades
alimentares identificadas em parceria com a Cáritas, Pastoral Social das
paróquias (conferências vicentinas) e serviço social das autarquias.
"Há
muitas famílias que não manifestam as suas necessidades, mas as
paróquias conhecem. Há muitas pessoas com vergonha de pedir ajuda, mas o
serviço social das autarquias conhece. Há muitos cidadãos que sempre
tiveram o suficiente para comer, que perderam essa capacidade da noite
para o dia, porque o marido, a esposa, ou ambos, ficaram no desemprego, e
não sabem como ou quando irão poder voltar a trabalhar e a ter os seus
rendimentos próprios", sustenta a nota.
O
Serviço Diocesano para a Pastoral Social da Diocese de Angra refere que
“a defesa da saúde da população não passa só por ficar em casa, mas
também depende da alimentação diária", apelando à população para que
possa ajudar "os que vivem em dificuldades".
"Se
há excedentes de produção neste tempo difícil, porque não continuar a
produzir a pensar nestas pessoas, nestas famílias? Iremos voltar à
normalidade do consumo e, nessa altura, vamos precisar que se mantenha a
produção. Podemos e devemos ser solidários e juntar, numa 'banca' o que
não se vende no mercado e o que os produtores, grandes ou pequenos,
podem dispensar", reforça o documento.
* A pastorícia dos santinhos a fingir que é boazinha. Quando explicam à gente porque o nível superior de trabalho da mulher na hierarquia da seita, é criada de padre?
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