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HOJE NA
"EXECUTIVE DIGEST"
Governo está a trabalhar com
operadores e regulador para criar
tarifa social para internet
O secretário de Estado para a Transição Digital disse hoje à Lusa que
o Governo está “a trabalhar” com os operadores e com o regulador para
ser criada a tarifa social de acesso a serviços de internet.
O Plano de Ação para a Transição Digital, hoje
publicado em Diário da República, apresenta 12 medidas, entre as quais o
programa de digitalização para as escolas e a tarifa social para
serviços de internet.
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“Achamos que à data de hoje o fator de
carência económica é, em alguns casos, condicionante daquilo que é a
infoinclusão de algumas franjas da população”, afirmou André de Aragão
Azevedo, quando questionado pela Lusa sobre a tarifa social para a
internet.
“Estamos a trabalhar com operadores e
regulador no sentido de criarmos condições de disponibilidade” de uma
tarifa social para “faixas mais vulneráveis da população”, avançou,
defendendo a universalidade e inclusão de todos no acesso à internet.
Para o governante, trata-se de “um serviço
básico e essencial nos dias de hoje” e que, por isso, “é essencial que
ninguém fique de fora deste processo de digitalização”.
Questionado sobre se esta tarifa social de
acesso a serviços de internet poderá estar disponível este ano, André de
Aragão Azevedo não avançou datas, referindo que a solução a ser
encontrada decorrerá da “negociação com outras partes”.
O objetivo é a criação de uma tarifa social de
acesso a serviços de internet que permita a utilização mais
generalizada desta ferramenta, de forma a promover a inclusão e a
literacia digital nas camadas mais desfavorecidas da população, de
acordo com a resolução do Conselho de Ministros n.º 30/2020 que aprovou o
Plano de Ação para a Transição Digital.
“O pacote legislativo digital que foi hoje
publicado em Diário da República é composto por três diplomas”, referiu o
governante, adiantando que um é sobre o Plano de Ação para a Transição
Digital, outro sobre a criação da Estrutura de Missão Portugal Digital
e, por último, o que estabelece os princípios gerais para a criação e
regulamentação das Zonas Livres Tecnológicas.
O Plano de Ação para a Transição Digital
traduz-se, “na prática, num guião daquilo que é o nosso plano das
múltiplas dimensões da transição digital em Portugal”, prosseguiu o
secretário de Estado, referindo que já havia várias iniciativas em
Portugal “bem-sucedidas, mas eram avulsas”.
Este guião tem como linhas de aposta as áreas
de competência, com investimento na qualificação das pessoas, a
transformação das empresas por via da dinâmica digital e a digitalização
da Administração Pública.
O Plano de Ação assenta em “três grandes
pilares de atuação”: capacitação e inclusão digital das pessoas,
transformação digital do tecido empresarial, e digitalização do Estado,
de acordo com a resolução publicada hoje em Diário da República.
O documento apresenta seis catalisadores de
transição digital em Portugal: regulação, privacidade, cibersegurança e
ciberdefesa; economia circular dos dados; conectividade e
infraestrutura; tecnologias disruptivas; alinhamento com a estratégia
digital europeia; e comunicação e promoção.
“Houve um esforço de sistematização e
organização” na elaboração deste plano, referiu o secretário de Estado,
apontando ainda a criação da “marca digital” Portugal Digital.
“Precisávamos de uma marca agregadora para nos
posicionarmos internacionalmente, que tivesse capacidade de narrativa
mais eficaz”, salientou André de Aragão Azevedo.
A Estrutura de Missão Portugal Digital fará o
acompanhamento das medidas de execução do programa do Governo relativas à
transição digital e de apoio à coordenação das políticas públicas em
matéria de transformação digital da sociedade e da economia, ficando na
dependência do ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital,
Pedro Siza Vieira.
Questionado quando é que a estrutura – que
terá nove pessoas – estará operacional, o secretário e Estado disse que
será um processo célere.
Relativamente ao diploma sobre Zonas Livres
Tecnológicas, o governante referiu que este visa “implementar um quadro
que torne a experimentação e inovação em determinados setores mais
fáceis e mais simples”.
* Oxalá esta intenção se concretize e nas entrelinhas não esteja congeminada uma golpada das operadoras.
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