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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Bispo auxiliar de Braga escreve a deputados a apelar ao "não" na eutanásia
O Bispo
auxiliar de Braga, D. Nuno Almeida, publicou uma carta aberta aos
deputados apelando ao "não" na eutanásia, cujos projetos vão ser votados
no dia 20 na Assembleia da República.
O
bispo pediu aos deputados que, na hora do voto, não deem "prioridade a
estratégias políticas, ideológicas ou a orientações partidárias".
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O documento, publicado esta quinta-feira
no site da diocese, surge a propósito da discussão, este mês, na
Assembleia da República, de vários projetos de lei sobre a
despenalização da morte assistida. "Se neste momento fosse deputado
pensaria conscientemente, livremente e responsavelmente nas pessoas,
especialmente nas mais frágeis", escreveu aquele que é padre há 33 anos e
bispo há quatro, invocando o seu "contacto diário com idosos e doentes,
nas suas casas, lares, centros de dia e em unidades de cuidados
continuados e paliativos".
O
padre aponta algumas condições que poderão ser a verdadeira razão de
quem quer a eutanásia. "Quererão realmente morrer ou quererão sentir-se
amados?" perguntou. "Esse pedido não é mais do que um grito de desespero
de quem se sente abandonado e quer chamar a atenção dos outros? Ou de
que não é consequência de estados depressivos passíveis de tratamento?",
acrescentou.
D. Nuno Almeida alega que a prática da
eutanásia é um "suicídio assistido" e provoca "deliberadamente a morte
de outra pessoa". "A eutanásia não acaba com o sofrimento, acaba com uma
vida!", escreveu. "Quer a eutanásia, quer a obstinação terapêutica
desrespeitam o momento natural da morte (deixar morrer): a primeira
antecipa esse momento, a segunda prolonga-o de forma artificialmente
inútil e penosa", sublinhou.
Para o
bispo auxiliar, a eutanásia e o suicídio não representam a liberdade dos
indivíduos. "A eutanásia e o suicídio não representam um exercício de
liberdade, mas a supressão da própria raiz da liberdade", afirmou. "Como
cidadão e como crente, digo NÃO à Eutanásia e ao Suicídio Assistido,
pois trata-se da interrupção voluntária do amor e da vida! Se fosse
deputado o meu voto seria Não!", colmatou.
Esta
semana, o JN escreveu que a Federação Portuguesa pela Vida vai promover
uma recolha de assinaturas com vista a chegar às 60 mil com o objetivo
de conseguir a realização de um referendo.
* Mais um profissional da igreja adepto do sofrimento horrível para as pessoas que estão em fase terminal de vida. Desejamos-lhe o mesmo e a dobrar.
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