.
HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
4 mil famílias com
habitação social na Região
‘Habitação colectiva: cidade para todos’ é o tema da conferência que decorre esta tarde no Museu da Electricidade, no Funchal
O
secretário dos Equipamentos e Infra-estruturas referiu, esta tarde, que
até hoje, na Madeira, construíram-se 6 mil habitações sociais, das
quais 1.200 se encontram na posse dos municípios. No que diz respeito à
habitação social, perto de 7.400 famílias já beneficiaram desse apoio,
sendo que actualmente 4 mil famílias continuam a usufruir dessas
habitações. Os números foram avançados por João Pedro Fino na sessão de
abertura da conferência ‘Habitação colectiva: cidade para todos’,
organizada pela delegação da Madeira da Ordem dos Arquitectos, que
decorre no auditório do Museu da Electricidade, no Funchal.
Na
ocasião, o governante referiu que a habitação continuará a ser um
prioridade para o Governo Regional, até porque a subida do preço das
casas tornou as mesmas proibitivas para muitos agregados familiares.
Centenas de outros beneficiários recebem outros apoios variados,
direccionados para o apoio à renda ou reabilitação das casas.
“A
Região Autónoma da Madeira é aquela que regista um maior número de
habitações sociais por cada 100 mil habitantes”, referiu João Pedro
Fino, acrescentando que a taxa de cobertura de habitação social da
Madeira é mais do dobro da média nacional. O Bairro da Nazaré foi
utilizado pelo secretário como um exemplo de sucesso da política
habitacional da Região.
.
Por seu lado, Bruno Martins, vereador da
Câmara Municipal do Funchal com o pelouro do Ordenamento do Território,
salientou importantes passou que têm vindo a ser dados pela autarquia,
no que diz respeito ao urbanimos. O novo Plano Director Municipal e o
Plano de Acção para a Mobilidade Urbana Sustentável são dois dos
exemplos. Além disso, quis referir o apoio que estes documentos deram,
por exemplo, na resolução de questões relacionadas com moradias ilegais.
O
autarca lançou o repto para que os arquitectos interessados se
inscrevam na Bolsa de Serviços Externos do Município, sendo assim
referenciados aquando das necessidades por parte dos munícipes.
A
sessão de abertura desta conferência contou ainda com Carolina Sumares,
presidente da delegação da Madeira da Ordem dos Arquitectos, que
referiu a importância de apoiarem os 91 agregados familiares que
continuam sem água no Funchal e 80 a viver sem luz. Por seu lado, Paula
Torgal, presidente da secção regional do Sul da Ordem dos Arquitectos
salientou a necessidade de reforçar as estruturas regionais da Madeira e
dos Açores da Ordem.
Uma cidade especial, mas que precisa ter cautelas
Helena
Roseta foi uma das oradoras mais aguardadas da tarde, uma vez que foi a
autora da Lei de Bases da Habitação, que entrou recentemente em vigor. À
margem da conferência, referiu a importância que esta apresenta para os
municípios, que podem ter um papel mais activo na regeneração das
cidades, concedendo habitação para todos de forma sustentável.
“O
Funchal, de dentro das cidades portugueses, é daquelas em que o preço
está a subir mais e há falta de habitação para as pessoas”, referiu a
arquitecta, que foi, até há pouco tempo, presidente da Assembleia
Municipal de Lisboa.
Entre as medidas previstas na Lei de Bases
da Habitação está a possibilidade das Câmaras Municipais “identificarem
os espaços devolutos, tendo deliberação da Assembleia Municipal, e
agravar o IMI até vezes seis, quando antes era até vezes três”. Desta
forma, os proprietários são levados a pensar sobre a forma como querem
dar uso aos imóveis.
“Isto aqui é uma Região muito especial, a
cidade é muito especial, há um ambiente de paz e coesão social, mas para
manter este ambiente - com a pressão turística e urbanística a que se
assiste - é preciso tomar algumas cautelas”, disse.
* Boa notícia.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário