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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
Igualdade de género:
Portugal melhorou mas
mantém-se entre os piores
Portugal progrediu na igualdade de género, mais 3,9 pontos desde 2015. Mas continua a estar entre os piores: 59,9 pontos. A média europeia é de 67,4 pontos
O caminho para a igualdade de género continua a ser percorrido "a
passo de caracol", criticam os investigadores do Instituto Europeu para a
Igualdade de Género (EIGE), que esta terça-feira divulgou um estudo
sobre a matéria. A Suécia continua a liderar a lista dos 28 países da UE
no índice de Igualdade de Género (IEG), com 83,6 pontos, seguida pela
Dinamarca com 77,5.
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Portugal é o país que mais evoluiu, mais 3,9
pontos do que em 2015, mas está mais perto dos últimos da UE: a Grécia
(51,2) e a Hungria (51,9) do que da Suécia e da Dinamarca. A Estónia
melhorou 3,1 pontos.
É no tempo que as mulheres ocupam com as
tarefas domésticas e a cuidar da família (47,5 pontos) e na
representação nos órgãos de poder (46,7 pontos) que Portugal está pior
classificado. Em contrapartida, há uma maior igualdade no que diz
respeito à saúde (84,5 %), ao trabalho (72,5) e aos recursos financeiros
(72,1). E a nível da educação, a média europeia é de 63,5 e o país tem
55,1 pontos.
"Estamos a caminhar na direção certa, mas ainda longe da linha de
chegada. O nosso índice, que estabelece uma referência para a igualdade
de género na UE, mostra que quase metade de todos os Estados-Membros
fica abaixo dos 60 pontos. À medida que o novo parlamento e a Comissão
da UE moldam e renovam as prioridades da UE para o próximo quadro
estratégico, é crucial que a igualdade de género ganhe velocidade ",
alertou Virginija Langbakk, diretora do Instituto Europeu para a
Igualdade de Género (EIGE).
A Espanha está bem classificada neste
índice, com 70,1 pontos, acima da média europeia. Também a Itália fez
mais progressos nesta matéria, com 63 pontos.
Nos 28
Estados-membros da UE é nos órgãos de decisão (poder) que há menor
equidade entre os sexos. No entanto, Langbakk regista o aumento do
número de mulheres nos conselhos de administração de empresas em alguns
Estados-Membros. Um bom exemplo é a França, a única a ter pelo menos 40%
de cada género nos conselhos de empresas privadas.
A comissária
europeia para a Justiça, Consumidores e Igualdade de Género realça a
adoção este ano da diretiva Equilíbrio Trabalho-Vida, mas chama atenção
que as normas e decisões têm de ser aplicadas no terreno. "As regras
apoiarão uma partilha mais igualitária das responsabilidades de cuidar, o
que permitirá que as mulheres permaneçam no mercado de trabalho e
assumam papéis desafiadores ou cargos de chefia ", disse Věra Jourová.
O
Índice de Igualdade de Género mede o progresso da igualdade de género
na UE em seis domínios principais: trabalho, finanças, educação, tempo,
poder e saúde. E avalia as diferentes realidades de grupos de mulheres e
homens, como a deficiência e a idade.
Este último relatório, e pela primeira vez, destaca a situação das pessoas LGBTQI + e das mulheres ciganas e muçulmanas.
* 59,9 pontos que muito nos deviam envergonhar.
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