.
HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Júri decide não atribuir Prémio LeYa por falta de qualidade das candidaturas
O júri do Prémio LeYa, presidido pelo poeta Manuel Alegre, decidiu não
atribuir este ano o galardão, porque os romances concorrentes
“não correspondem aos parâmetros de qualidade literária exigidos”,
segundo o comunicado emitido no final da reunião.
“Conforme
previsto no artigo 9.º, alínea f) do regulamento [do Prémio], o Júri
deliberou, por unanimidade, não atribuir este ano o Prémio LeYa, por
entender que as obras concorrentes não correspondem aos parâmetros de
qualidade literária exigidos”, lê-se no comunicado do júri.
Esta
é a terceira vez que o prémio, no valor pecuniário de cem mil euros,
não é entregue, depois de decisão similar, pelo mesmo motivo, ter sido
tomada em 2010 e em 2016. A proclamação do vencedor deste ano estava
prevista para quarta-feira, na sede da LeYa, em Alfragide.
Além
de Manuel Alegre, compõem o júri o antigo reitor da Universidade
Politécnica de Maputo, em Moçambique, Lourenço do Rosário, o professor
de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra José Carlos Seabra
Pereira, os escritores Nuno Júdice, Ana Paula Tavares, de Angola, a
jornalista e crítica literária Isabel Lucas, de Portugal, e o editor,
jornalista e tradutor Paulo Werneck, do Brasil.
O
Prémio LeYa, no ano passado, foi atribuído ao romance “Torto Arado”, do
escritor brasileiro Itamar Vieira Junior, pela “solidez da construção, o
equilíbrio da narrativa e a forma como aborda o universo rural do
Brasil”, justificou na ocasião o júri.
Atribuído
pela primeira vez em 2008, a "O Rastro do Jaguar", do brasileiro Murilo
Carvalho, o Prémio Leya distinguiu desde então "O Olho de Hertzog", de
João Paulo Borges Coelho, de Moçambique (2009), "O Teu Rosto Será o
Último", de João Ricardo Pedro (2011), "Debaixo de Algum Céu", de Nuno
Camarneiro (2012), "Uma Outra Voz", de Gabriela Ruivo Trindade (2013),
"O Meu Irmão", de Afonso Reis Cabral (2014), "O Coro dos Defuntos", de
António Tavares (2015) e "Os Loucos da Rua Mazur", de João Pinto Coelho
(2017).
* Júri é júri, há que respeitar.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário