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HOJE NO
"RECORD"
Mundiais:
João Vieira fala em "dever cumprido"
após prova "mais difícil" da carreira
Medalha de prata dos 50 km marcha no Campeonatos do Mundo de atletismo, em Doha, já está em Lisboa.
O atleta João Vieira, medalha de prata dos 50 km marcha no
Campeonatos do Mundo de atletismo, em Doha, confessou hoje ter sido a
prova "mais difícil" da carreira, mas chega a Portugal com "dever
cumprido".
"Foi a prova mais difícil da minha carreira, devido às condições
climatéricas e o horário tardio da competição. É sempre bom regressar a
casa, sobretudo com uma medalha ao peito. O trabalho foi bem feito e
esta medalha é gratificante", afirmou.
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No aeroporto de Lisboa, no qual a comitiva portuguesa chegou pelas
7:25, João Vieira contou o que sentiu durante a prova, revelando que os
últimos 12 quilómetros foram determinantes para subir ao pódio.
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"A partir do 38.º quilómetro, quando comecei a apanhar adversários
que estavam a ficar mais lentos, senti que podia chegar às medalhas. A
partir daí, foi um galgar de lugares. Tinha o controlo da competição,
segui ao risco as diretrizes preparadas com a minha treinadora",
explicou.
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Único português medalhado nestes Mundiais, o atleta, de 43 anos,
quer começar já a preparar os Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio, depois
de algum descanso, e explicou que a humildade é um dos segredos para a
longevidade na carreira desportiva.
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"O segredo da longevidade é ser um atleta profissional e correto
naquilo que faço. A humildade tem-me ajudado nestes anos todos e não ter
fraquejado a condição física dá-me alento para continuar a fazer bons
resultados", disse.
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O atleta português, que obteve no Qatar o seu melhor resultado de
sempre em Mundiais, completou a prova em 4:04.59 horas, 39 segundos
depois do japonês Yusuke Suzuki, novo campeão do mundo.
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O presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Jorge Vieira,
fez um balanço da prestação portuguesa no campeonato do mundo de Doha e
disse esperar que as dificuldades enfrentadas possam servir de trunfo na
preparação para os Jogos Olímpicos do próximo ano.
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"Há naturalmente um regozijo pelos bons resultados, mas também
preocupação relativamente aos atletas que não conseguiram estar no seu
melhor. O balanço é muito positivo, com uma medalha acrescentada ao
palmarés. Experimentar condições extremas prepara os nossos atletas para
condições também não muito amenas que poderão enfrentar em Tóquio",
expressou.
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* João Vieira, um homem valente.
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