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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Empresas portuguesas acreditam em recessão
num futuro próximo
num futuro próximo
As empresas portuguesas acreditam numa recessão num futuro próximo, segundo as conclusões do relatório europeu de pagamentos 2019, da empresa de serviços de gestão de crédito Intrum.
Em comunicado, o grupo adiantou que o estudo que levou a cabo conclui
"que Grécia, Itália e Portugal são os três países mais pessimistas e que
acreditam numa recessão a curto prazo, enquanto Dinamarca, Alemanha e
Áustria são os países mais positivos e que menos acreditam".
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A mesma nota dá conta de que "a maioria das empresas inquiridas em
Portugal (71%), prevê uma recessão num futuro próximo -- entre um a
cinco anos. Esta percentagem é significativamente superior à média
europeia, que se situa nos 35%".
De acordo com a Intrum,
os gestores das empresas pretendem colocar em prática várias medidas
para se prepararem em caso de recessão, com 56% dos inquiridos a
responder que serão mais "cautelosos a assumir dívidas", 52% a indicar
um "planeamento para garantir os pagamentos dos clientes" e 52% a
apontarem um corte de custos.
No mesmo comunicado, a
Intrum referiu que os atrasos nos pagamentos "continuam a causar graves
problemas de liquidez para as empresas portuguesas, em que 80% afirma
considerar as perdas de crédito uma área de grande preocupação,
divergindo da média europeia, que se situa nos 46%".
Ainda
assim, houve um "decréscimo significativo em Portugal na percentagem de
incobráveis, de 2,2% em 2018 para 1,4%, um dos valores mais baixos de
sempre, inferior até à média europeia, que se fixa nos 2,3%", salientou a
empresa.
Os resultados estudo revelaram ainda que
"Portugal é o segundo país europeu com a maior percentagem de pagamentos
internacionais recebidos (18,2%), apenas ultrapassado pela República
Checa (18,4%)".
O European Payment Report 2019 é baseado
num inquérito levado a cabo em 29 países europeus entre 31 de janeiro e
05 de abril de 2019.
Este trabalho conduziu a que, em
Portugal, a Intrum tenha reunido dados de 418 empresas e na Europa de
11.856 sociedades para "obter, conhecer e compreender o comportamento de
pagamento e a saúde financeira das empresas europeias", revelou o
grupo.
O inquérito foi colocado a colaboradores com
funções de administrador e diretor financeiro, supervisor de crédito,
supervisor de negócios e outros semelhantes.
* Não acreditamos que os 'expertes' das empresas portuguesas não vejam que a recessão já está instalada, a maquilhagem é que é boa para mascarar rugas e pústulas.
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